O “Lvsitanvs” abriu hoje na Casa de Vidro, no Tap Seac, depois de o espaço ter sido parcialmente inaugurado em Dezembro de 2019. O restaurante vai estar aberto todos os dias, entre as 10:00 e as 22:00, exceptuando na primeira semana em que fechará pelas 20:30. Ao Jornal Tribuna de Macau, a presidente da Casa de Portugal mostrou-se satisfeita com a abertura e disse esperar que este projecto corra bem
O
restaurante da Casa de Portugal abriu hoje portas no novo espaço – a Casa de
Vidro, no Tap Seac – para servir as habituais refeições à comunidade. Depois de
vários contratempos, após a inauguração parcial que decorreu em Dezembro de
2019, Amélia António disse agora ao Jornal Tribuna de Macau estar satisfeita
com a abertura. “Claro que nos sentimos todos muito contentes, mas conscientes
das muitas dificuldades e dos muitos problemas que temos pela frente. Perdemos
muito tempo e recuperar esse tempo perdido não é uma coisa de menos
importância. Mas, obviamente foram anos à espera e portanto temos de estar
satisfeitos”, começou por dizer a presidente da Casa de Portugal.
Segundo
explicou, durante a primeira semana o restaurante vai abrir de forma faseada,
uma vez que há ainda coisas para arrumar e organizar, além de que os
trabalhadores têm de se adaptar ao novo espaço, equipamentos e instalações.
Significa isto que, em vez de funcionar das 10:00 às 22:00, o “Lvsitanvs” vai
estar aberto até às 20:30 nesta fase inicial. O restaurante estará aberto todos
os dias. “Isto é para as pessoas perceberem que não estará tudo na perfeição,
que não estará tudo a 100%, porque não é possível”, apontou, acrescentando que
as “mãos” são poucas e são necessárias tanto na sede, onde estão agora a
decorrer obras, como no restaurante.
“O
espaço vai ficar em condições para poder começar a funcionar, mas com muita
coisa ainda por organizar. Neste momento estamos a funcionar nos limites e é um
esforço enorme. A gente espera que corra bem e que [o projecto] compense este
esforço”, prosseguiu Amélia António.
Questionada
sobre se tem algum receio relativamente à adesão, Amélia António mostrou-se
positiva: “Há quem tenha esse receio e que nos alerta, mas eu sou um bocadinho
optimista por uma razão simples – se as pessoas durante estes anos, com sol e
com chuva, e dificuldades, foram sistematicamente à Casa, com condições
mínimas, acho que tendo agora um espaço agradável e bonito não vai ser por
terem de andar um bocadinho mais que vão deixar de ir. E a verdade é que as
pessoas não trabalham todas no coraçãozinho de Macau, portanto outros irão
andar um bocadinho menos até ao novo espaço”. Neste sentido, disse acreditar
que “só há razões para que continuem a ir”.
O
novo restaurante integra novidades. “O facto de estar aberto até às 22:00 e os
sete dias da semana permite que as pessoas possam marcar jantares de
confraternização, festas de anos. Como temos pessoal muito à justa, é possível
fazer isso com marcação prévia para podermos ter um reforço no momento daquele
evento”, contou.
Além
disso, o objectivo é realizar eventos culturais. Além da loja que tem produtos
produzidos pelos artistas e artesãos ligados à Escola de Artes e Ofícios,
haverá pequenos eventos, workshops, demonstrações e música. “Vamos ter
de organizar um programa com alguma regularidade em que acontecem coisas sem
ser só a comida”, apontou.
Constituído
por dois andares, o espaço tem 50 lugares no rés-do-chão para refeições. Em
cima situa-se a loja, com uma oferta variada em termos de produtos artesanais;
e um espaço que é flexível e que pode oferecer mais 50 lugares para refeições,
caso a parte de baixo esteja lotada, jantares privados e outras actividades.
De
resto, Amélia António referiu que os lanches, que eram muito procurados
nomeadamente pela comunidade chinesa, vão continuar a ser servidos, sendo que o
objectivo é que haja mais variedade.
“Era
muito importante para a Casa que isto corresse bem porque, com as dificuldades
todas que se têm agravado de ano para ano, este projecto correr bem e ajudar um
bocadinho a manter a parte cultural era muito importante”, frisou.
Recorde-se
que o tempo de exploração do espaço pela Casa de Portugal previsto
contratualmente era de três anos, com possibilidade de renovação. Quanto a este
aspecto, Amélia António disse que agora é preciso fazer as contas devido às
inúmeras alterações que se deram. Catarina Pereira – Macau in “Jornal
Tribuna de Macau”
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