Ao
abrigo do “Projecto geral de construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre
Guangdong e Macau em Hengqin”, divulgado a 6 de Setembro pelo Conselho do
Estado da China, o Chefe do Executivo da RAEM e o Governador da Província
vizinha assumiram a chefia de um novo órgão de administração na Ilha da
Montanha.
Lançado
com o intuito de impulsionar a diversificação “adequada” da RAEM, o projecto
preconiza o desenvolvimento da “big health”, produção de medicamentos
tradicionais chineses, indústria financeira moderna, tecnologia de ponta,
convenções e exposições, ramo comercial e as áreas da cultura e desporto.
Na
apresentação oficial do projecto geral, o Chefe do Executivo da RAEM sustentou
que a Zona de Cooperação em Hengqin injectará uma “nova dinâmica” na
diversificação económica de Macau, oferecendo mais facilidades à vida e emprego
da população. Além disso, integrará as “vantagens características” da RAEM,
nomeadamente “o princípio ‘um país, dois sistemas’, a zona aduaneira autónoma,
o porto franco para comércio internacional e a rede de ligação ao exterior”,
combinando-as com as mais-valias da Ilha da Montanha, incluindo “espaço e
recursos”.
Com
um “sistema específico de supervisão sobre a separação de administração da Zona
de Cooperação”, o plano prevê a inovação em “áreas prioritárias” e
“aspectos-chave”, impulsionando “a articulação das regras e dos mecanismos, por
forma a criar uma zona aberta de alto nível com características chinesas e
destacar as vantagens dos ‘dois sistemas’”, enfatizou ainda Ho Iat Seng.
Numa
visão geral, a estratégia para Hengqin envolve a “interligação de
infra-estruturas e a articulação com os sistemas dos serviços públicos e
segurança social de Macau, designadamente nas áreas da educação, saúde e
serviços sociais”, com a ambição de “criar melhores condições para emprego e
empreendedorismo dos residentes locais”. O Chefe do Executivo asseverou que a
Zona de Cooperação “irá superar os limites do fluxo transfronteiriço das
tecnologias, quadros qualificados, capital e informação”. Terá ainda a virtude
de “impulsionar a articulação dos regulamentos, regimes e sistemas de Macau com
os critérios internacionais, reforçar activamente a integração de mercado e o
fluxo de factores produtivos”.
Por
outro lado, adiantou que, no quadro de um “mecanismo de comparticipação de
rendimentos”, haverá uma nova forma de cálculo do Produto Interno Bruto (PIB)
da RAEM. Um grupo de trabalho específico seguirá os padrões estatísticos
internacionais, no sentido de sugerir ao poder Central a integração no PIB de
Macau dos investimentos efectuados em Hengqin pelas empresas registadas a nível
local. In “Jornal Tribuna de Macau” - Macau
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