Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Macau - Um projecto pioneiro


Ao abrigo do “Projecto geral de construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”, divulgado a 6 de Setembro pelo Conselho do Estado da China, o Chefe do Executivo da RAEM e o Governador da Província vizinha assumiram a chefia de um novo órgão de administração na Ilha da Montanha.

Lançado com o intuito de impulsionar a diversificação “adequada” da RAEM, o projecto preconiza o desenvolvimento da “big health”, produção de medicamentos tradicionais chineses, indústria financeira moderna, tecnologia de ponta, convenções e exposições, ramo comercial e as áreas da cultura e desporto.

Na apresentação oficial do projecto geral, o Chefe do Executivo da RAEM sustentou que a Zona de Cooperação em Hengqin injectará uma “nova dinâmica” na diversificação económica de Macau, oferecendo mais facilidades à vida e emprego da população. Além disso, integrará as “vantagens características” da RAEM, nomeadamente “o princípio ‘um país, dois sistemas’, a zona aduaneira autónoma, o porto franco para comércio internacional e a rede de ligação ao exterior”, combinando-as com as mais-valias da Ilha da Montanha, incluindo “espaço e recursos”.

Com um “sistema específico de supervisão sobre a separação de administração da Zona de Cooperação”, o plano prevê a inovação em “áreas prioritárias” e “aspectos-chave”, impulsionando “a articulação das regras e dos mecanismos, por forma a criar uma zona aberta de alto nível com características chinesas e destacar as vantagens dos ‘dois sistemas’”, enfatizou ainda Ho Iat Seng.

Numa visão geral, a estratégia para Hengqin envolve a “interligação de infra-estruturas e a articulação com os sistemas dos serviços públicos e segurança social de Macau, designadamente nas áreas da educação, saúde e serviços sociais”, com a ambição de “criar melhores condições para emprego e empreendedorismo dos residentes locais”. O Chefe do Executivo asseverou que a Zona de Cooperação “irá superar os limites do fluxo transfronteiriço das tecnologias, quadros qualificados, capital e informação”. Terá ainda a virtude de “impulsionar a articulação dos regulamentos, regimes e sistemas de Macau com os critérios internacionais, reforçar activamente a integração de mercado e o fluxo de factores produtivos”.

Por outro lado, adiantou que, no quadro de um “mecanismo de comparticipação de rendimentos”, haverá uma nova forma de cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) da RAEM. Um grupo de trabalho específico seguirá os padrões estatísticos internacionais, no sentido de sugerir ao poder Central a integração no PIB de Macau dos investimentos efectuados em Hengqin pelas empresas registadas a nível local. In “Jornal Tribuna de Macau” - Macau




 

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