Numa reunião da CCPPC de Guangdong, vários vogais da RAEM sublinharam as potencialidades da Zona de Cooperação Aprofundada em Hengqin. Para Angela Lam, deveria ser criada uma base de intercâmbio e tradução de programas televisivos em língua portuguesa para disseminar a cultura no Interior da China, bem como para divulgar programas chineses traduzidos em português no mercado lusófono
Realizou-se
na quarta-feira, em Cantão, a 5ª reunião da 12ª Conferência Consultiva Política
do Povo Chinês (CCPPC) da Província de Guangdong, como os vogais da RAEM a
participarem de forma virtual, a partir da Doca dos Pescadores, devido à
pandemia. Entre as propostas apresentadas, Angela Lam manifestou o desejo de
que sejam devidamente aproveitadas as vantagens da Zona de Cooperação
Aprofundada em Hengqin, sobretudo no sentido de promover a fusão entre as culturas
chinesa e portuguesa.
A
vogal de Macau sugeriu, inclusive, a criação de uma “base de intercâmbio e de
tradução culturais e televisivos sino-portuguesa”. “Actualmente, existem
mercados de consumo compostos por mais de 1,6 mil milhões de pessoas na China e
nos países e regiões de língua portuguesa. Isso fomenta um vasto mercado para o
intercâmbio e a difusão das culturas chinesa e lusófona”, defendeu.
Na
sua opinião, a base pode funcionar através da tradução de programas televisivos
de boa qualidade do Interior da China para português, bem como da transformação
de bons programas em língua portuguesa para chinês. Iniciativas desse género
poderiam contribuir para ampliar o mercado de disseminação cinematográfica e
cultural, o que será também “importante” para a promoção do turismo entre a
China e os países lusófonos, sustentou a vogal, que é também directora
executiva da Macau Cable TV.
Segundo
o Jornal “Ou Mun”, vários vogais da CCPPC de Guangdong também se pronunciaram
sobre o futuro do projecto geral de Hengqin. Melinda Chan sugeriu o lançamento
de produtos turísticos transfronteiriços de Macau e Hengqin, como as excursões
patrióticas, enquanto Hoi Fan propôs um complexo internacional de cultura,
turismo e de convenções e exposições na Zona de Cooperação Aprofundada, para
introduzir projectos como passeios em iates e uma rua internacional de
gastronomia. Já Ian Soi Kun considerou que determinada área na Ilha da Montanha
deveria ser reservada para a indústria manufactureira de Macau.
Defendido pagamento móvel de Macau na Grande Baía
A
pandemia acelerou as mudanças nos hábitos de consumo no território, cada vez
mais ligados aos pagamentos electrónicos, considera Rainbow Lei, subdirectora
da Associação Geral das Mulheres de Macau. Neste sentido, entende que importa
quebrar as barreiras que as ferramentas de pagamento electrónico de Macau
enfrentam na Grande Baía, incluindo na Zona de Cooperação Aprofundada. Na sua
opinião, o Governo deve prestar ajuda para que estas plataformas funcionem na
Grande Baía. Rima Cui – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”
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