Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Estados Unidos da América – O peixe-olhos-de-barril

Um grupo de cientistas do Monterey Bay Aquarium Research Institute (MBARI) na Califórnia (Estados Unidos), detetaram um novo ser raro na zona crepuscular do oceano local


O protagonista capturado pelas câmaras do ROV Tiburon é o peixe-olhos-de-barril (Macropinna microstoma), um ser com cabeça transparente que habita regiões de escuridão total.

Descoberto em 1939 por W. M. Chapman, o peixe-olhos-de-barril foi fotografado vivo pela primeira vez em 2004, visto apenas nove vezes após mais de 5,6 mil mergulhos bem-sucedidos e mais de 27,6 mil horas de vídeo. Habitante de profundidade marítima entre 600 e 800 metros, o animal esconde-se em zonas com ausência de luz para manter a temperatura do corpo e evitar que a sua frágil cabeça seja afetada.

O M. microstomas, pertencente à família Opisthoproctidae e único sobrevivente da família Macropinna, pode ser encontrado no Mar de Bering, Japão e Baja Califórnia, pairando quase imóvel nas águas, ali como uma espécie de detetives atrás das suas presas — pequenos crustáceos e sifonóforos — pelas silhuetas, devido à pouca iluminação. Estes seres, quando atingem a fase adulta, podem alcançar até 15 centímetros de tamanho.

Características estranhas

Através de uma cúpula transparente, preenchida por fluidos, que protege os órgãos da cabeça, é possível observar as lentes dos olhos do animal e diversas outras estruturas por trás dos tecidos. No entanto, devido à fragilidade do fluido e à necessidade de se manter sob temperaturas amenas, há imagens antigas que comprovam a existência do peixe-olhos-de-barril que não mostram a sua cabeça, já que ela é destruída pela luz do sol quando a espécie atinge a superfície.

Outro detalhe que chama a atenção é a presença de olhos em formato de barril, capazes de girar em várias direções para detetar comida ou direcionar as rotas de passagem entre a escuridão da zona crepuscular. Até 2009, acreditava-se que os animais conseguiam olhar apenas para cima, mas imagens recentes provaram que os órgãos visuais dos M. microstomas têm um alcance significativamente maior e móvel que o previsto. In “Milénio Stadium” - Canadá


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