Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Moçambique - Após tempestade, Unicef quer mobilizar US$ 3,5 milhões

Há receios de chuvas com a chegada de nova depressão tropical ou ciclone e o efeito nos rios e barragens já saturadas


O Fundo da ONU para a Infância, Unicef, precisa de US$ 3,5 milhões para apoiar a resposta às necessidades imediatas dos afetados pela tempestade tropical Ana em Moçambique. 

A agência apoia a atuação nacional com suprimentos que estavam posicionados antes da passagem do temporal nesta semana. Em nível interno prossegue a busca de fundos. 

Espaço de aprendizagem

Pessoal humanitário já foi enviado, enquanto se prepara material médico e nutricional para o auxílio.

Entre as prioridades estão garantir água, artigos de saneamento e kits de higiene, bem como a criação de espaços temporários de aprendizagem para apoiar os afetados pela tempestade no centro e norte.

Estima-se que mais de 45 mil pessoas, incluindo 23 mil mulheres e crianças, precisem de auxílio humanitário nas províncias de Nampula, Zambézia, Tete, Niassa, Sofala e Manica.

Saúde

As fortes inundações danificaram quase 10,5 mil casas, bem como infraestruturas públicas como pontes, linhas de energia, escolas, sistemas de água e instalações de saúde.

O Instituto Nacional de Redução e Gestão do Risco de Desastres, INGD, notificou danos em 12 unidades de saúde e 346 salas de aula. 

Estima-se que 27383 alunos ficaram sem um local para aprender, uma semana antes do início do novo ano letivo.

A Unicef destaca que os dados atuais podem mudar à medida que as equipas avaliam a situação no terreno.

Lembrete

Em plena estação chuvosa, a Unicef teme que a situação piore rapidamente com a chegada de outra depressão tropical ou ciclone com queda de chuvas em rios e barragens já cheios.

A representante da agência em Moçambique, Maria Luísa Fornara, declarou que a parceria com o governo moçambicano faz chegar ajuda essencial às crianças e às suas famílias nas áreas afetadas.

Ela reiterou que a última tempestade a atingir o país “é um lembrete contundente de que a crise climática é uma realidade e as crianças são as mais afetadas por eventos climáticos severos relacionados ao clima.”

Nos próximos dias, várias equipas de emergência começarão a distribuir suprimentos essenciais.

Segurança

A criação de espaços temporários visa cobrir a lacuna gerada pelas escolas que sofreram danos.

A agência usa diferentes meios de comunicação para ampliar mensagens de proteção e prevenção com vista a mitigar o impacto da tempestade.

Moçambique é o 9º entre 191 países com alta vulnerabilidade a perigos, exposição a riscos e falta de capacidade de enfrentamento. 

O país passou por dois eventos de seca severa e oito tempestades tropicais entre 2016 e 2021.

Há três anos, os ciclones Idai e Kenneth atingiram o país num período de seis semanas afetando 2,5 milhões de pessoas. ONU News – Nações Unidas             


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