A cidade ganhou três grafites novos, todos inspirados pelas histórias comunitárias, indicou o IC. As obras estão no Bairro Horta da Mitra, no Anim’Arte Nam Van, e na Escada do Coxo, perto da Rua do Cunha. Um dos novos grafites está repleto de elementos portugueses
Depois
de terem “animado” a zona do Porto Interior com dois grafites na Barra e na
Travessa de Assunção em 2020, os artistas Vitorino Vong e Jane Leng voltaram a
ser convidados pelo Instituto Cultural (IC) e pela Associação Cultural da Vila
da Taipa para enfeitar a Vila da Taipa com uma nova obra. Desta vez, foi na
Escada do Coxo, perto da Rua do Cunha, sendo que as escadas e as duas paredes
situadas ao seu lado ganharam uma imagem ligada à cultura portuguesa.
“O
grafite relata sardinhas coloridas, articulando com as escadas decoradas pela
pintura do azulejo típico português. Assim mostra uma beleza de estilo
português muito animada”, realçou o IC.
Entre
as várias “sardinhas”, uma está “vestida” com o traje feminino tradicional português.
A outra tem o corpo totalmente pintado de preto, como o Galo de Barcelos.
“Nadando” pelas paredes pintadas de azul-claro, as “sardinhas” não estão
rodeadas por algas, mas por ramos de azeitona.
No
Bairro Horta da Mitra, a Rua de Tomás da Rosa também passou a ter escadas
pintadas. Feita por quatro artistas convidados pela Associação de Arte Juvenil
de Macau, a obra aproveitou o carácter da designação do bairro em Chinês que
significa “pássaro”. Com o destaque de três pássaros dourados no grafite, a
obra recorda de forma vívida uma actividade tradicional no bairro que já não
existe: atirar pedras aos pássaros com uma fisga.
O
IC notou que, combinando com os elementos típicos das lojas nas imediações, o
grafite criará um efeito tridimensional, podendo trazer “surpresas” aos
visitantes com a subida gradual pelas escadas.
A
terceira nova obra na cidade, que foi igualmente inspirada pelas histórias
comunitárias, localiza-se na zona do Anim’Arte Nam Van. A autora, a pintora a
óleo de Macau Ieong Wan Si, trocou o antigo grafite por um de pintura a óleo,
combinando entre os tradicionais métodos de pintura a óleo e as estratégias
modernas do uso de cores, criando um “quarto” junto ao lago.
O
“quarto” não poupa nas tonalidades, recorrendo a diferentes cores vivas para
representar três fases do crescimento de uma rapariga, levando os visitantes a
viajar na memória. “Os puzzles significam experiências em várias fases de vida.
Assim, quando os cidadãos passarem pelas diferentes paredes vão sentir as
histórias contadas nas pinturas, como se entrassem nos quartos de almas
distintas. O grafite contribui para apresentar as características da inclusão
colorida do Anim’Arte Nam Van”, assegurou o IC. Rima Cui – Macau in “Jornal
Tribuna de Macau”
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