O baterista e compositor Mário Costa está a lançar o novo álbum “Chromosome” que é apresentado esta sexta, no Festival Antena 2, no Centro Cultural de Belém, seguindo depois para Braga no dia 25 onde vai atuar no espaço Maison 826, e depois para Paris onde, no dia 26, vai apresentar o álbum na Galerie Paul Fort
Em
2018, com a edição de Oxy Patina, iniciou uma muito elogiada carreira enquanto
líder e compositor, acompanhado por duas figuras incontornáveis do jazz
europeu: Benoît Delbecq e Marc Ducret. A estreia em nome próprio, além de inúmeras
críticas internacionais, recebeu a classificação máxima pela revista Jazz.pt,
que lhe atribuiu os títulos de “melhor disco do ano” e “músico de jazz nacional
do ano”.
O
segundo capítulo desta aventura mais autoral, lançado agora em Fevereiro pela editora
Cleanfeed, e com o apoio da Fundação GDA, tem o título de “Chromosome”, numa
referência directa à composição de Mário Costa, pensada especificamente para o
ADN de cada um dos músicos que agora o acompanha. É esse sentimento, de temas
preparados com o cuidado para permitir a cada elemento a exploração das suas
qualidades, que engrandece o brilhantismo de um disco tão cativante quanto
inesperado nos seus nove temas. Se lembrarmos que a trompete de Cuong Vu
costuma ser escutada em projectos de Bill Frisell, Pat Metheny, David Bowie ou
Laurie Anderson, que o contrabaixo de Bruno Chevillon surge amiúde ao lado de
Louis Sclavis, Michel Portal ou Daniel Humair, e que o piano de Benoît Delbecq,
além dos projectos próprios, tem tocado com gente tão díspar e especial quanto
Evan Parker, Mark Turner ou Mary Halvorson, fica-se com uma pálida ideia do
encontro que aqui acontece.
Mas
porque esta música é muito mais do que a soma das partes e porque cada
composição funciona como uma passadeira vermelha que Mário Costa estende a cada
um dos seus cúmplices, é também muito mais aquilo que, qual milagre, se revela
na união destes quatro músicos. E, por isso, tudo fica por dizer. Só a música
pode falar pelo deslumbramento e pela explosão de criatividade que se liberta de
“Chromosome”. In “Bom dia Europa” - Luxemburgo
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