Bissau
– O Presidente em exercício da Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e
Serviços (CCIAS), afirmou que cerca de 50 mil toneladas de castanha de caju da
campanha de comercialização do ano transato, ainda se encontram nos armazéns
devido às dificuldades de venda no mercado internacional.
Mama
Samba Embaló falava na cerimónia de cumprimentos por parte dos funcionários da
CCIAS seguida da conferência de imprensa sobre atividades levadas a cabo em
2022.
“Temos
a lamentar a situação, devido as diversas razões, dentre as quais a de baixa de
preço e de procura junto dos principais compradores”, salientou aquele
responsável.
Disse
que a conjuntura mundial com as crises provocadas pela Covid-19 e guerra na
Ucrânia não facilitaram o desempenho de quase todos os dirigentes do mundo.
O
Presidente da CCIAS sublinhou que os empresários que importam géneros de
primeira necessidade, combustíveis e derivados, tiveram muitas dificuldades,
quer na obtenção destes produtos junto dos mercados habituais, assim como na
comercialização interna dos mesmos.
“O
aumento dos preços dos produtos, devido à grande procura para estoques de
segurança de quase todos os países do mundo, aliado ao aumento de preços de
contentores e do transporte marítimo de mercadorias, impactaram negativamente
nos preços de aquisição e compra de produtos básicos de cada família”,
salientou.
Mama
Samba disse reconhecer alguns esforços feitos pelo Governo para atenuar as
dificuldades dos consumidores, tendo numa primeira fase das crises abdicado de
cobrança de algumas taxas e impostos aplicados na importação dos produtos
alimentares essenciais e identificados.
“Contudo,
queremos enaltecer a solidariedade dos atores do Sector Privado para com o
período de crise que ainda estamos a atravessar, apesar de algumas melhorias,
por terem aceite mediante acordos com o Governo, fazer importações para consumo
nacional, com os benefícios de um mínimo de lucro possível”, salientou.
Mama
Samba Embaló frisou que a CCIAS empenhou-se e continuará a estar empenhada na
busca de soluções, lado a lado com o Governo, para que se diminuam os prejuízos
aos empresários e às instituições financeiras implicadas no processo de
comercialização de castanha bruta de caju, relativa ao 2022.
Avançou
que como ações prioritárias para 2023, têm em carteira diligências para uma
parceria público/privada mais acentuada, na qual o Governo reconheça a CCIAS
como verdadeira interlocutora do setor privado nacional.
Promete
ainda fazer advocacia junto do Governo em prol do Sector Privado para
facilitação de acesso ao financiamento às empresas que pretendem criar bancos
de investimento no país.
“Vamos
fazer igualmente advocacia junto do Governo para que sejam implementadas políticas
de diversificação de culturas, pondo de lado a dependência da cultura de caju”,
frisou Mama Samba Embaló. In “Agência de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau
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