Outras associações e entidades de matriz portuguesa se seguirão. Hoje encontra-se com o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, e amanhã com a comunicação social. Alexandre Leitão está maravilhado com Macau e com a forma como tem sido recebido. Ontem, durante a visita à EPM, o diplomata inteirou-se da realidade da escola e conversou com alunos e professores
O
novo cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Alexandre Leitão,
aproveitou a tarde de ontem para visitar a Escola Portuguesa de Macau (EPM).
Foi a primeira instituição de matriz portuguesa que o diplomata visitou, depois
das obrigatórias visitas oficiais ao Comissário do Ministério dos Negócios
Estrangeiros na RAEM e ao Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na
RAEM.
O
Embaixador português explicou aos jornalistas, no final da visita à EPM, que
sempre fez questão de começar o seu périplo pelas associações e instituições de
Macau na Escola Portuguesa. “Por tudo o que ela representa na ligação entre o
passado e o futuro. Todos os povos que aqui estão representados, o papel da
língua e da cultura portuguesa e da sua ligação à China e esta conjugação criou
aqui um património material e imaterial que nós acreditamos que deve ser o mais
possível valorizado”, referiu.
Alexandre
Leitão reuniu-se, por mais de uma hora, com o director da instituição de
ensino, Manuel Peres Machado, juntamente com José Sales Marques, Edith Silva e
André Ritchie, membros do Conselho de Administração da Fundação da Escola
Portuguesa de Macau. O diplomata assumiu que lhe foram transmitidas
preocupações que já vêm de outros tempos. “Reconheço que existem alguns
problemas no estabelecimento, nomeadamente ao nível das instalações. Agora
iremos reunir mais vezes para discutir profundamente os assuntos. Mas não é
agora aqui ao fim de uma hora depois de ter tomado conhecimento dos problemas
que eu posso ter ideias claras sobre o assunto. A única coisa que eu posso
prometer neste como noutros domínios é que venho para trabalhar, portanto essa
vontade de trabalhar e empenhar-me na resolução dos problemas que forem
atendíveis eu vou ter sempre. É esta a minha leitura da minha missão”, referiu
o diplomata.
Depois
da reunião, o novo cônsul-geral visitou as instalações da EPM, sempre
acompanhado por Manuel Peres Machado e pelos administradores da Fundação.
Entrou em salas de aula, conversou com professores e alunos. “Geologia? Placas
tectónicas? Essa é uma matéria muito actual devido ao que aconteceu na Turquia
e na Síria. Vocês sabiam que, muito aqui perto, nas Filipinas há movimentações
de placas tectónicas?”, atirou o diplomata aos alunos.
Seguiram-se
visitas a aulas de Geometria Descritiva, aulas de apoio em Matemática,
computadores, etc. Por fim, foi brindado com o hino da EPM, numa actuação que
não estava no programa, mas que correu como se fosse a doer. “Muito obrigado,
não estava à espera”, disse aos alunos de diversas turmas do ensino básico que
estavam a aprender música.
Já
no pátio, Alexandre Leitão assistiu às brincadeiras de alunos e a outros que
por ali jogavam futebol ou basquetebol. O diplomata teve ainda tempo para ver a
parede de escalada instalada na escola e apreciar – tirando até uma fotografia
– a grandeza do Grand Lisboa, o resort integrado da SJM que se ergue aos céus
ali, a paredes meias com a escola.
A
visita terminou na biblioteca da escola, onde o novo cônsul-geral de Portugal
tirou algumas fotos e conversou com a bibliotecária. Depois, conversou com os
jornalistas na sala de leitura adjacente à biblioteca, da autoria de Rui Leão e
Carlotta Bruni, que foi distinguido pela UNESCO. “Bonito espaço”, considerou.
Hoje,
Alexandre Leitão, irá encontrar-se com o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng.
Amanhã será a vez de se apresentar à comunicação social numa reunião no
Auditório Stanley Ho no edifício do Consulado Geral. Depois seguem-se encontros
com associações e entidades de matriz portuguesa e ainda macaense. Gonçalo
Pinheiro – Macau in “Ponto Final”
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