Declaração de Dar-es-Salaam foi endossada, por unanimidade, durante reunião ministerial da Aliança Global para acabar com a doença em crianças. Em 2021, 160 mil menores foram infectados com o HIV, 15% de todas as mortes foram de crianças
Ministros
e representantes de 12 países africanos fizeram um compromisso e traçaram planos
para acabar com a sida infantil até 2030.
Na lista encontram-se Angola e Moçambique.
Atualmente,
em todo o mundo, um menor morre de causas relacionadas à doença a cada cinco
minutos.
Acesso a tratamento
A
Declaração de Dar-es-Salaam sobre o fim da sida em crianças foi endossada por
unanimidade, na Tanzânia, na primeira reunião ministerial da Aliança Global
para acabar com a sida infantil.
A
meta é garantir que todos os menores com HIV tenham acesso a tratamento e que
as mães soropositivas tenham bebés sem HIV eliminando a chamada transmissão
vertical.
Os
países com alta carga de HIV que aderiram à aliança na primeira fase são:
Angola, Camarões, Cote d’Ivoire ou Costa do Marfim, República Democrática do
Congo, Quénia, Moçambique, Nigéria, África do Sul, Tanzânia, Uganda, Zâmbia e
Zimbábue.
A
Aliança, criada em julho de 2022, trabalhará para impulsionar o progresso nos
próximos sete anos, para garantir que a meta de 2030 seja cumprida. Na reunião,
parceiros internacionais definiram como apoiariam os países no cumprimento
desses planos.
Plano de ação
Em
parceria com redes de pessoas a viver com HIV e líderes comunitários, os
ministros apresentaram os seus planos de ação para ajudar a encontrar e
fornecer testes a mais mulheres grávidas e encaminhá-las para tratamento. Os
planos também envolvem encontrar e cuidar de bebés e crianças vivendo com HIV.
Apenas
metade das crianças que vivem com HIV estão em tratamento para salvar vidas,
muito atrás dos adultos, dos quais três quartos estão a receber
antirretrovirais.
Em
2021, 160 mil crianças adquiriram HIV. Elas representaram 15% de todas as
mortes relacionadas à sida, apesar do facto de que apenas 4% do número total de
pessoas a viver com HIV são crianças.
O trabalho será centrado em quatro pilares:
Testes
precoces e tratamento e cuidados ideais para bebés, crianças e adolescentes;
Fechar
a lacuna de tratamento para mulheres grávidas e lactantes vivendo com HIV, para
eliminar a transmissão vertical;
Prevenção
de novas infecções por HIV entre adolescentes e mulheres grávidas e lactantes;
Abordar
os direitos, a igualdade de género e as barreiras sociais e estruturais que
dificultam o acesso aos serviços.
A
diretora executiva do Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Aids, Unaids, disse
que os líderes estabeleceram o compromisso com a ação necessária para corrigir
a desigualdade das crianças que vivem com HIV.
Winnie
Byanyima reforça que “nenhum bebé precisa nascer com HIV ou ser infectado
durante a amamentação, e nenhuma criança vivendo com HIV precisa ficar sem
tratamento”.
Já
o Fundo das Nações Unidas para Infância, Unicef, prometeu apoio. A diretora
associada do Unicef, Anurita Bain declarou que “toda criança tem direito a um
futuro saudável e promissor, mas para mais da metade das crianças que vivem com
HIV, esse futuro está ameaçado”.
Progressos
No
mundo, 16 países e territórios já foram certificados para validação da
eliminação da transmissão vertical do HIV e/ou sífilis.
No
ano passado, Botswana foi o primeiro país africano com alta prevalência de HIV
a ser validado como estando no caminho para eliminar a transmissão vertical do
HIV.
Sem comentários:
Enviar um comentário