A implementação de um projeto regional de cozinha limpa é uma das iniciativas previstas no roteiro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para a energia e clima, apresentado na sexta-feira na conferência do clima (COP30)
Segundo o documento, consultado pela
Lusa, a taxa de acesso a tecnologias de cozinha limpa (como fogões melhorados e
gás de cozinha) era, em 2023, de 100% em Portugal, de 93% no Brasil e de 84% em
Cabo Verde e não ia além dos 50% em Angola, 22% na Guiné-Equatorial e 19% em
Timor-Leste.
A taxa em Moçambique era de 7%, em São Tomé e Príncipe de
5% e na Guiné-Bissau de 1%.
O objetivo é que a iniciativa, inserida no eixo
estratégico da aceleração das transições energéticas, seja implementada em
2026.
No total, são quatro os eixos estratégicos do Roteiro de
Cooperação 2030 em Energia e Clima nos Países da CPLP: planeamento energético,
liderança e capacitação, mobilização e financiamento e aceleração das
transições energéticas.
O “desenvolvimento de uma plataforma CPLP de partilha de
informação, troca de experiências e alinhamento de políticas e instrumentos de
planeamento”, a formação para a implementação de sistemas de monitorização,
reporte e verificação para o planeamento climático, o “estímulo à replicação de
mecanismos de troca de dívida soberana entre os Estados-Membros da CPLP” e a
preparação de um proposta a um programa do Fundo Verde Para o Clima são outras
das dez iniciativas previstas.
O documento – promovido pela presidência são-tomense da
CPLP e lançado em outubro, em Moçambique, durante a Semana de Energia e Clima
da CPLP – é coordenado pela Comissão Temática de Energia e Clima dos
Observadores Consultivos da CPLP e constitui “o primeiro instrumento que
integra de forma estratégica as dimensões de energia, clima e finanças verdes
no âmbito” da Comunidade.
A apresentação na COP30, que decorre
em Belém, Brasil, aconteceu no Pavilhão de Portugal e contou com intervenções
da ministra do Ambiente, Juventude e Turismo Sustentável de São Tomé e
Príncipe, Nilda Borges da Mata, do secretário de Estado da Energia de Portugal,
Jean Barroca, e do secretário de Estado da Ação Climática e Desenvolvimento
Sustentável de Angola, Nascimento Soares, entre outros. In “Bom dia
Europa” – Luxemburgo com “Lusa”
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