Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Vietname - Tufão expõe naufrágio centenário perto de porto de Hoi Na

A forte erosão costeira provocada pelo tufão “Kalmaegi” expôs um naufrágio centenário no Vietname, oferecendo uma pequena oportunidade para resgatar o que os especialistas consideram ser uma descoberta de grande importância histórica e com enorme valor patrimonial.


Descoberto inicialmente em 2023 ao largo da costa de Hoi An, o navio de pelo menos 17,4 metros – cujo casco de madeira maciça resistiu a centenas de anos de mar agitado quase intacto – foi novamente submerso antes que as autoridades o pudessem recuperar.

Os especialistas ainda não dataram o naufrágio, mas as descobertas preliminares sugerem que foi construído entre os séculos XIV e XVI – época em que Hoi An, Património Mundial da UNESCO, era o centro de um próspero comércio regional de seda, cerâmica e especiarias.

“Estamos a preparar-nos para solicitar uma autorização de escavação de emergência”, disse Pham Phu Ngoc, director do Centro de Preservação do Património Cultural Mundial de Hoi An, à AFP, após o naufrágio ter ressurgido com a passagem do tufão “Kalmaegi” na semana passada.

“A descoberta deste navio antigo é uma clara evidência do importante papel histórico de Hoi An no comércio regional”, afirmou o mesmo responsável, acrescentando que desta vez foram expostas mais partes da embarcação, “o que nos poderá fornecer mais informações”.

Uma equipa de especialistas do centro de preservação de Hoi An, da Universidade de Ciências Sociais e Humanas da cidade de Ho Chi Minh e de um museu local examinou os destroços em 2024. Além da estimativa aproximada da idade, descobriram que a estrutura era feita de “madeira durável e de alta resistência” e reforçada com materiais impermeabilizantes para selar as juntas.

“A estrutura do navio sugere que era capaz de realizar viagens de longa distância, provavelmente utilizado para comércio marítimo ou operações navais”, indicou o Centro de Preservação do Património Cultural Mundial de Hoi An num comunicado anterior. A relíquia corre o risco de “deterioração grave sem acções de conservação imediatas”, devido à severa erosão costeira e frequente exposição do navio a condições meteorológicas adversas, advertiu.

Os destroços ainda eram claramente visíveis na segunda-feira, com multidões reunidas na praia para observar a impressionante estrutura esquelética do navio. In “Jornal Tribuna de Macau” – Macau com “AFP”


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