O declamador, comunicador e activista moçambicano, Ivandro Sigaval, foi distinguido, ontem, no Declamatório, uma plataforma para conexões, partilha de conhecimento, experiências, oportunidades e desenvolvimento na arte de declamação de poesia
A distinção acontece no âmbito do
subprojecto “Uma Conversa Aberta sobre Declamação de Poesia”, onde, além de
oportunos debates sobre a arte de dar voz, alma e vida à palavra, através de
uma rubrica designada TOP 05, procura-se compreender e destacar a influência e
impacto dos declamadores, seja no seu meio artístico assim como no social em
geral. É neste contexto que Sigaval, que já recebeu outros prémios nacionais e
internacionais, foi o artista mais mencionado pelos seus pares, o que revela e confirma
a sua influência e impacto positivos no movimento e no cerne social, onde, com
a sua voz, certamente, vem fomentando mudanças.
“Ivandro Sigaval, o seu talento e criatividade mantêm
o movimento vivo, a sua voz é fonte da energia que alimenta o nosso universo, a
sua alma verte em cada palavra, fundindo-se à nossa; com um estilo muito e
sempre seu, cada vez que sobe ao palco, há novas vozes que se levantam, um
Homem que se aprimora, um mundo que se transforma e encontram outra dimensão; e
não é sobre menção, é sobre impacto e um olhar que se nega impávido, é sobre
si, sobre a poesia, que tem em si um pulmão, e o seu declamar, que, para
muitos, é fonte de inspiração e precisa nunca parar. Bem-haja!” – lê-se, na
placa de reconhecimento, especial, entregue ao artista, na noite de ontem, em
evento decorrido, no IPET – Instituto Politécnico de Tecnologia e
Empreendedorismo, em Maputo, onde estiveram diferentes participantes, entre
declamadores, músicos, entusiastas das artes, e o público em geral, desde
crianças, adolescentes, jovens, a adultos; aliás, o evento combinou uma
conversa interessante (que se propunha compreender, de forma reflexiva e analítica, a necessidade ou
preponderância, ou não, dos declamadores assistirem a saraus e outros eventos,
de seus pares e não só) é um desfile de vários talentos, pois, desta vez,
tratou-se de uma fusão e parceria com sarau cultural ao vivo & em verso,
que já vai para sua décima quarta edição.
Chamada por Romana das Dores, quem moderava a conversa,
entre o público e os declamadores convidados, Vera Rutte e Poeta da Sociedade,
Ivânia Paquete, coordenadora do Declamatório, dirigiu o momento de tributo,
tendo, o prestigiado, lido em alto tom o elogio especial e, de seguida, reagido
com um breve discurso, que se resume no agradecimento aos protagonistas da
iniciativa, incluindo o seu co-fundador, Obedes Lobadias, aos declamadores que
o mencionaram e o seu dedicado e admirador público e parceiros de jornada que
nele acreditam e o fazem merecer a distinção, e, no final, uma nota que, além
de mais, instava os declamadores a, sem deixar de se aperfeiçoar e focar-se na
sua identidade, originalidade e autenticidade, devem, sobretudo, dedicar-se ao
exercício poético em si, e não, necessariamente ou somente, e de forma
obsessiva, em ser bons. “está tudo bem em não ser bom poeta“. – disse, naquele tom característico.
Importa referenciar, que, na mesma
ocasião, foi premiada a poeta mirim, Maray da Cruz, distinguida como a Melhor
Performance do ao vivo & em verso – 2024, maior distinção daquele projecto
que vem, ademais, descobrindo e projectando vozes e rostos, senão presentes e
futuros potenciais actores da cena artística e criativa moçambicana. In “Moz
Entretenimento” - Moçambique
Sem comentários:
Enviar um comentário