Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Moçambique - Ivandro Sigaval distinguido no Declamatório

O declamador, comunicador e activista moçambicano, Ivandro Sigaval, foi distinguido, ontem, no Declamatório, uma plataforma para conexões, partilha de conhecimento, experiências, oportunidades e desenvolvimento na arte de declamação de poesia


A distinção acontece no âmbito do subprojecto “Uma Conversa Aberta sobre Declamação de Poesia”, onde, além de oportunos debates sobre a arte de dar voz, alma e vida à palavra, através de uma rubrica designada TOP 05, procura-se compreender e destacar a influência e impacto dos declamadores, seja no seu meio artístico assim como no social em geral. É neste contexto que Sigaval, que já recebeu outros prémios nacionais e internacionais, foi o artista mais mencionado pelos seus pares, o que revela e confirma a sua influência e impacto positivos no movimento e no cerne social, onde, com a sua voz, certamente, vem fomentando mudanças.

Ivandro Sigaval, o seu talento e criatividade mantêm o movimento vivo, a sua voz é fonte da energia que alimenta o nosso universo, a sua alma verte em cada palavra, fundindo-se à nossa; com um estilo muito e sempre seu, cada vez que sobe ao palco, há novas vozes que se levantam, um Homem que se aprimora, um mundo que se transforma e encontram outra dimensão; e não é sobre menção, é sobre impacto e um olhar que se nega impávido, é sobre si, sobre a poesia, que tem em si um pulmão, e o seu declamar, que, para muitos, é fonte de inspiração e precisa nunca parar. Bem-haja!” – lê-se, na placa de reconhecimento, especial, entregue ao artista, na noite de ontem, em evento decorrido, no IPET – Instituto Politécnico de Tecnologia e Empreendedorismo, em Maputo, onde estiveram diferentes participantes, entre declamadores, músicos, entusiastas das artes, e o público em geral, desde crianças, adolescentes, jovens, a adultos; aliás, o evento combinou uma conversa interessante (que se propunha compreender, de forma  reflexiva e analítica, a necessidade ou preponderância, ou não, dos declamadores assistirem a saraus e outros eventos, de seus pares e não só) é um desfile de vários talentos, pois, desta vez, tratou-se de uma fusão e parceria com sarau cultural ao vivo & em verso, que já vai para sua décima quarta edição.

Chamada por Romana das Dores, quem moderava a conversa, entre o público e os declamadores convidados, Vera Rutte e Poeta da Sociedade, Ivânia Paquete, coordenadora do Declamatório, dirigiu o momento de tributo, tendo, o prestigiado, lido em alto tom o elogio especial e, de seguida, reagido com um breve discurso, que se resume no agradecimento aos protagonistas da iniciativa, incluindo o seu co-fundador, Obedes Lobadias, aos declamadores que o mencionaram e o seu dedicado e admirador público e parceiros de jornada que nele acreditam e o fazem merecer a distinção, e, no final, uma nota que, além de mais, instava os declamadores a, sem deixar de se aperfeiçoar e focar-se na sua identidade, originalidade e autenticidade, devem, sobretudo, dedicar-se ao exercício poético em si, e não, necessariamente ou somente, e de forma obsessiva, em ser bons. “está tudo bem em não ser bom poeta“.  – disse, naquele tom característico. 

Importa referenciar, que, na mesma ocasião, foi premiada a poeta mirim, Maray da Cruz, distinguida como a Melhor Performance do ao vivo & em verso – 2024, maior distinção daquele projecto que vem, ademais, descobrindo e projectando vozes e rostos, senão presentes e futuros potenciais actores da cena artística e criativa moçambicana. In “Moz Entretenimento” - Moçambique


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