Alunos do Centro María Cano manifestaram o seu interesse após visitarem a Biblioteca Nacional nesta terça-feira, onde puderam conhecer em primeira mão a riqueza documental e artística ali presente
Um grupo de alunos do Centro María
Cano visitou a Biblioteca Nacional, numa atividade que os levou a explorar
espaços onde convergem história, arte e a preservação do património literário
do país. O que começou como uma simples excursão escolar acabou tornando-se uma
verdadeira experiência de descoberta cultural.
Os alunos, do segundo e quinto anos do ensino
fundamental, foram recebidos e orientados pelos gestores Tomás Obama e Mariano
Marcelo, que os acompanharam pelas diferentes salas da instituição, explicando
o sistema interno de organização e a função que a Biblioteca Nacional
desempenha como guardiã do património bibliográfico da Guiné Equatorial.
Durante a visita guiada, os jovens demonstraram
particular interesse por livros escritos por autores nacionais, bem como por
obras assinadas pelo chefe de Estado, que constituem uma parte importante do
acervo. Também se encantaram com a icónica escultura do mestre Leandro Mbomio,
obra que ocupa um dos salões principais e representa o significativo impacto do
renomado artista na história cultural do país.
Um dos momentos mais marcantes da visita ocorreu quando
os alunos pararam para contemplar a imensidão do edifício: estantes
meticulosamente organizadas, salas silenciosas propícias ao estudo e uma
arquitetura projetada para salvaguardar a história escrita da nação. Para
muitos, foi o primeiro contato direto com um arquivo que preserva décadas de
produção literária e documental.
Após a visita guiada à instituição, a atividade
prosseguiu num ambiente mais informal. Uma das professoras do centro conduziu
uma breve apresentação literária, combinando leitura em voz alta e reflexão
oral.
A atividade, adaptada à idade dos participantes, teve
como objetivo fortalecer a escuta ativa, a compreensão e a conexão emocional
com a leitura.
A Biblioteca Nacional enfatizou que estas visitas
representam mais do que uma cerimónia formal: são uma ferramenta educacional
que aproxima as novas gerações do património cultural e reforça a importância
da leitura como parte fundamental do desenvolvimento académico e pessoal.
Para os alunos, no entanto, o impacto foi imediato: a
surpresa de descobrir que os livros não são apenas lidos, mas também
preservados e fazem parte da história escrita do país. Segundo os
organizadores, a impressão final das crianças foi de "curiosidade
genuína", um ingrediente fundamental que, com o tempo, pode traduzir-se num
sólido hábito de leitura ou até mesmo em futuras carreiras relacionadas à
literatura, cultura ou pesquisa.
Num contexto em que a tecnologia redefine o acesso ao
conhecimento, a imagem de crianças a percorrer os corredores de uma biblioteca
pública adquire um valor simbólico. Ela evoca a relevância duradoura dos
livros, mas também a responsabilidade de preservar espaços onde as gerações
futuras possam encontrar o seu lugar no património cultural da Guiné
Equatorial. In “Real Equatorial Guinea” – Guiné Equatorial
Sem comentários:
Enviar um comentário