São Tomé e Príncipe enfrenta desafios estruturais no setor energético, caracterizados por custos elevados de produção, forte dependência de combustíveis fósseis e limitações na capacidade de expansão
São Tomé e Príncipe enfrenta desafios
estruturais no setor energético, caracterizados por custos elevados de
produção, forte dependência de combustíveis fósseis e limitações na capacidade
de expansão.
“Precisamos desembolsar trimestralmente 8 milhões de
dólares para a aquisição de fuel oil, sendo que 80 por cento do diesel é
destinado à geração de energia”, afirmou Nelson Cardoso, Ministro das
Infraestruturas e Recursos Naturais.
Para responder a este cenário, o país validou um Plano
Nacional de Investimento em Energias Sustentáveis, com horizonte de 25 anos.
“Para atingir as metas energéticas, são necessários 321
milhões de dólares até 2030 e 2,7 mil milhões de dólares até 2050. Trata-se de
investimentos em diferentes setores e subsetores das energias sustentáveis,
incluindo projetos fotovoltaicos, solares, hidroelétricos, mobilidade elétrica
e soluções de cozinha limpa”, destacou Lauren Pereira, consultora da Thirdway
Partners.
A elaboração do documento resultou de um processo
participativo que envolveu instituições públicas, operadores, especialistas e
parceiros internacionais.
“A energia sustentável é hoje um elemento central, não
apenas para a ação climática, mas também para a estabilidade económica, a
segurança energética e o bem-estar da população”, sublinhou Eric Overvest,
Representante Residente do PNUD em São Tomé e Príncipe.
Para o Governo, mais do que um instrumento técnico, o
plano simboliza um compromisso coletivo em torno da transição energética.
“A energia sustentável é mais do que tecnologia. É um
caminho para novas oportunidades, novos empregos, novos investimentos e mais
dignidade para cada cidadão”, reforçou Nelson Cardoso.
O Plano, validado num workshop,
contou com o financiamento do Fundo Verde para o Clima. José Bouças – São
Tomé e Príncipe in “Téla Nón”
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