A China ficou em 86.º lugar no relatório EF Engish Proficiency Index de 2025, destinado a avaliar o domínio da língua inglesa em vários países do mundo. Por sua vez, Macau surge em 15.º lugar num ranking de 24 regiões e cidades chinesas, muito abaixo de Hong Kong e Zhejiang
O nível de proficiência na língua
inglesa em Macau foi considerado “baixo” no novo relatório do EF Engish Proficiency Index (EF
EPI), publicado recentemente pela EF Education First (EF). Os dados recolhidos
em 2025 atribuíram apenas 478 pontos a Macau, que fica assim posicionado abaixo
de outras regiões chinesas como Zhejiang, Guangdong e Sichuan.
A China situa-se no 86.º lugar do ranking global, com 464
pontos, numa lista que inclui 123 países e regiões da Europa, Ásia, América
Latina, África e Médio Oriente. Dos cinco níveis atribuíveis a cada país
(“muito elevado”, “elevado”, “moderado”, “baixo” e “muito baixo”), a
proficiência em inglês na China foi classificada como “baixa”, entre o Malawi e
Moçambique (empatados com 465 pontos) e a Palestina (com 463 pontos). A
classificação chinesa ficou também abaixo da classificação média global, que
atingiu os 488 pontos.
Olhando apenas para o continente asiático, a China surge
a meio da tabela com uma proficiência superior à do Japão e da Tailândia, por
exemplo, mas inferior à da Índia, do Paquistão, do Vietname ou da Coreia do
Sul. A Malásia e as Filipinas lideram a tabela da Ásia, cada uma conquistando
581 e 569 pontos. Entre os 25 países e regiões aqui contemplados, a China fica
na 13.ª posição.
Hong Kong e Zhejiang são as regiões chinesas que mais
dominam o inglês, sobressaindo com classificações respectivas de 538 e 506
pontos, correspondentes a um nível “moderado”. Analisando por cidades, aquelas
que mais se evidenciam são Hangzhou, Pequim, Nanjing, Changsha, Xangai e Jinan,
todas avaliadas entre os 515 e os 502 pontos.
Os resultados da edição de 2025 mostram uma subida de
nove pontos em relação ao relatório do ano passado, em que o país obteve apenas
455. Não obstante, a grande maioria das regiões e cidades chinesas continua a
incidir no nível “baixo”. Para além de Macau, também se incluem nestes
parâmetros regiões como Fujian (489), Hubei (482) e Hainão (458) e as cidades
de Cantão e Shenzhen (ambas com 498 pontos), Chengdu (472) e Chongqing (460).
Por último, no nível mais baixo de proficiência incluem-se as regiões de Gansu
(447), Henan (433) e Guizhou (429), bem como a cidade de Zhengzhou (439).
Das quatro capacidades básicas essenciais à aprendizagem
de uma língua estrangeira – “ler”, “ouvir”, “falar” e “escrever” –, os
participantes chineses mostraram-se mais confiantes na leitura e na escrita,
onde atingiram um nível “baixo” com pontuações respectivas de 492 e 455. Por
outro lado, as capacidades de compreensão e produção oral totalizaram 436 e 448
pontos, respectivamente, e foram classificadas com o nível “muito baixo”.
A faixa etária com maior desenvoltura no inglês é a dos
21 aos 25 anos, verificando-se uma pontuação média de 485 neste grupo. Por
outro lado, tanto os mais jovens (entre os 18 e os 20 anos) como os mais velhos
(a partir de 41 anos) revelam pontuações mais baixas, de 452 e 449,
respectivamente. No que respeita aos sexos, não se manifestam quaisquer
diferenças: tanto os homens como as mulheres obtiveram uma pontuação igual de
464.
Os Países Baixos lideram o ranking geral com uma
proficiência “muito alta” de 624 pontos. Portugal, no sexto lugar (612 pontos),
é o único país do sul da Europa a conquistar o nível máximo de proficiência,
situando-se entre países como a Noruega (613), a Dinamarca (611) e a Suécia
(609). No fundo da tabela, estão a Líbia (395), a Costa do Marfim (393) e o
Camboja (390).
O EF EPI foi elaborado a partir dos
resultados de testes de proficiência realizados por cerca de 2,2 milhões de
participantes de 123 países e regiões: 37 na Europa, 28 em África, 25 na Ásia,
20 na América Latina e 13 no Médio Oriente. Carolina Baltazar – Macau in “Ponto
Final”
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