O Museu Nacional da Música inaugurado este sábado, em festa as novas instalações, em Mafra, mais de dois anos após o fecho em Lisboa e sete milhões de euros em obras, tendo entrada gratuita até ao fim do mês
As portas do museu no Real Edifício de
Mafra abriram este sábado, com a Museus e Monumentos de Portugal (MMP) a
recomendar a reserva de bilhete ‘online’.
De acordo com a MMP, este fim de semana o público vai
poder ouvir, no Terreiro D. João V, “pela primeira vez em Mafra o maior
carrilhão itinerante do mundo”.
“Outros destaques incluem concertos de orquestras de
gaitas-de-foles, de gamelão de Java e de música barroca. Colaboram com esta
programação os Músicos do Tejo, a Orquestra XXI, o Coro da Universidade Nova e
o Síntese Grupo de Música Contemporânea, e músicos como Iúri Oliveira, Fernando
Miguel Jalôto e a especialista em harpas históricas Mara Galassi”, pode ler-se
no referido comunicado da MMP.
Aquando do anúncio da data de abertura em Mafra, a MMP
revelava que o museu “disporá de um salão imersivo multimédia, cuja programação
de inauguração incluirá a estreia de uma obra encomendada ao ilustrador
Bernardo Carvalho e ao músico Ricardo Jacinto, e de ‘Harpa de ervas’,
encomendada à compositora Fátima Fonte e à realizadora Adriana Romero e
desenvolvida a partir de entrevistas a diversas personalidades como Ana
Salazar, Afonso Reis Cabral, Álvaro Siza Vieira, Capicua, Herman José, Rui
Paula, Simone de Oliveira e Vasco Palmeirim”.
De acordo com a MMP, o novo circuito de visita “inclui
experiências multissensoriais, táteis e olfativas, dirigidas a todos os
públicos, que vão também poder tocar em mais de 20 diferentes instrumentos
musicais e modelos de instrumentos”.
Adicionalmente, estão preparadas “novas soluções” em
termos de acessibilidades: o público cego vai contar com “pavimento podotáctil,
braille e audiodescrição”, enquanto as pessoas surdas vão ter videoguias em
Língua Gestual Portuguesa e o público no “espetro autista ou mais genericamente
com algum tipo de hipersensibilidade” vai poder usufruir de horários
específicos para visitas silenciosas e redução de estímulos visuais.
Instalado desde 1994 na estação de metro do Alto dos
Moinhos, em Lisboa, o Museu Nacional da Música muda-se definitivamente para o
Palácio Nacional de Mafra depois de dois anos de obras, o que significou um
atraso de cerca de um ano para a reabertura do museu e um investimento de perto
de sete milhões de euros, por via do Plano de Recuperação e Resiliência.
“Estas novas instalações permitiram reabilitar 8000 m2 do
Real Edifício de Mafra, incluindo espaços de reservas e espaços comuns como a
bilheteira, a loja e cafetaria, bem como duplicar o número de espécimes em
exposição, que passam agora a totalizar 500 peças num percurso de visita de 2000
m2”, lembrou a MMP. In “Bom dia Europa” - Luxemburgo
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