‘Startups’ dos países de língua portuguesa dominaram por completo os oito finalistas da categoria de empresas da quinta edição da competição sino-lusófona “929 Challenge” em Macau, disse um dos organizadores à Lusa. “Claro que nos surpreende, não é? Porque estamos a falar da China e pela quantidade de ‘startups’ e projectos. Mas, de facto, a qualidade aqui das lusófonas, eram muito boas, muito superiores”, disse Marco Duarte Rizzolio.
Ainda
assim, o co-fundador da “929 Challenge” lembrou que, nas edições anteriores da
competição, “também a representação dos lusófonos foi sempre maior do que as
chinesas” entre os finalistas.
As
oito ‘startups’ seleccionadas incluem cinco de Portugal, duas do Brasil e uma
de Moçambique, revelou nas redes sociais a organização do concurso, cuja final
vai decorrer a 30 de Novembro.
As
finalistas portuguesas incluem a Azores Life Science, que produz cosméticos com
recursos naturais do arquipélago dos Açores, e a ByonLink, que cria
processadores avançados para próteses robóticas. Outras candidatas são a
Complear, que ajuda empresas de saúde digital a cumprir as exigências dos
reguladores, e a Scubic, que procura melhorar a eficiência energética em
edifícios públicos.
A
Dermamatica, que usa inteligência artificial (IA) para o rastreio a três
dimensões do cancro da pele, volta a Macau, onde em Junho já tinha sido
distinguida noutro concurso de empreendedorismo, para empresas de Brasil e de
Portugal.
Do
Brasil vêm a Manycontent, que usa IA para marketing e vendas nas redes sociais,
e a Phycolabs, que transforma algas em produtos têxteis, enquanto a moçambicana
Xa Nene usa larvas de moscas para tornar lixo orgânico em comida para animais.
Rizzolio
destacou a presença forte de projectos de biotecnologia, uma área onde Portugal
e Brasil se destacam, algo que “é muito bom porque [para] a China é um dos
sectores estratégicos”.
Já
entre as oito equipas de estudantes uma é da Universidade do Porto, outra do
Centro Universitário do Estado de Pará (Brasil), três de Macau, duas da China
Continental e uma de Hong Kong.
Os
16 finalistas terão 10 minutos para convencer o júri da “929 Challenge” e
potenciais investidores na final.
Os
países lusófonos estiveram pela primeira vez em maioria, representando cerca de
65% das mais de 400 candidaturas. A competição atraiu 170 ‘startups’ dos Países
Africanos de Língua Portuguesa (PALOP) e de Timor-Leste, mais 73% do que em
2024. A quinta edição do “929 Challenge” inclui pela primeira vez o prémio
“Future Builders” (Criadores do Futuro), para a melhor ‘startup’ dos PALOP e de
Timor-Leste.
O
concurso é co-organizado pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial
entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau) e por várias
instituições da RAEM, incluindo todas as universidades. In “Jornal
Tribuna de Macau” – Macau com “Lusa”
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