Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 9 de novembro de 2025

Portugal – Banda desenhada “Astérix na Lusitânia” vai sair em língua mirandesa em fevereiro de 2026, a segunda língua oficial do país

Depois do recente lançamento do livro de banda desenhada que leva pela primeira vez Astérix e Obélix a Portugal, esta obra dos autores franceses Fabcaro e Didier Conrad vai ser publicada em língua mirandesa


Depois do recente lançamento do livro de banda desenhada Astérix na Lusitânia, que leva pela primeira vez Astérix e Obélix à Lusitânia (antigo nome da região Ocidental da Península Ibérica, onde está parte de Portugal), esta obra dos autores franceses Fabcaro e Didier Conrad vai ser publicada em língua mirandesa em fevereiro de 2026, revelou à Lusa fonte da editora Asa.

De acordo com a editora, o título do novo livro será Asterix na Lhusitánia e junta-se a outros volumes das aventuras dos dois gauleses já traduzidos para mirandês como La Spadanha Branca (2024), Asterix an Eitália (2017) e Asterix l Goulés (2005).

A primeira proposta de tradução das aventuras do pequeno gaulês para mirandês data de 2001, ano em que se assinalavam os 40 anos da publicação do herói criado por René Goscinny e Albert Uderzo.

O mirandês é uma língua oficial de Portugal que tem sido transmitida oralmente ao longo dos séculos, desconhecendo-se com exatidão o número de falantes deste idioma com o estatuto de ameaçada, que tem como berço a chamada Terra de Miranda.

Quando foi lançada a edição de La Spadanha Branca (”O Lírio Branco”), o tradutor Carlos Ferreira explicou à Lusa que as traduções para mirandês são “feitas com pinças”: “Temos uma tradução dos textos muito apurada dentro do universo do Astérix que é muito gaulês, quer do ponto de vista histórico quer da atual sociedade francesa. É preciso muita imaginação e conhecimento para trazer todas as emoções para a língua e sociedade mirandesa”.

Carlos Ferreira, que defende a necessidade de o mirandês, como língua minoritária, ser reconhecido pela qualidade da sua escrita, disse ainda que “estas traduções não são livres”: “Tem de haver muito rigor”, afirmou então. “Cada regionalismo que colocamos no conto, temos de o explicar [aos autores]”.

A primeira proposta de tradução das aventuras do pequeno gaulês para mirandês data de 2001, ano em que se assinalavam os 40 anos da publicação do herói criado por René Goscinny e Albert Uderzo.

Astérix na Lusitânia, lançado a nível mundial no passado dia 23 de outubro, é o 41.º álbum de uma das mais conhecidas e vendidas séries de banda desenhada, originalmente assinadas por René Goscinny e Albert Uderzo, e que atualmente tem continuidade com os autores Fabcaro, nome artístico de Fabrice Caro (argumento), e Didider Conrad (desenho).

Astérix na Lusitânia, que teve uma tiragem mundial de cinco milhões de exemplares, foi publicado em Portugal pela editora Asa numa primeira tiragem de 80.000 exemplares. In “Contacto” – Luxemburgo com “Lusa”

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