Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Macau - Livraria Portuguesa recebe o fotógrafo brasileiro Ale Ruaro no final do mês

Ale Ruaro está de visita a Macau para uma conversa sobre o seu percurso profissional. Nos dias 24 e 25 deste mês, a Livraria Portuguesa acolhe uma sessão de apresentação do mais recente livro do artista, “Vestígios”, e uma sessão de partilha em que o fotógrafo brasileiro será convidado a falar sobre o seu trabalho e a sua visão artística


A obra do fotógrafo brasileiro Ale Ruaro vai ser homenageada na Livraria Portuguesa no final do mês, nos dias 24 e 25 de Novembro. O evento, organizado conjuntamente pela livraria e pela associação Halftone, será realizado em língua portuguesa e contará com a presença do fotógrafo no último dia, terça-feira.

A primeira sessão tem início pelas 18h do dia 24, uma segunda-feira, com a apresentação do livro Vestígios. Publicada pela editora Selo Vertigem, a obra reúne uma série de imagens “abstractas, desfocadas e, por vezes, estranhamento inquietantes”, como descrito na sinopse, que impelem o espectador a imergir num “mundo que parece escapar à lógica do olho nu”.

Num comunicado de imprensa emitido pela organização do evento, lê-se ainda que “a obra reúne mais de duas décadas de pesquisa visual e desconstrução da linguagem fotográfica, propondo uma reflexão sobre a fotografia expandida” e criando, assim, “uma abordagem que ultrapassa os limites da representação tradicional e convida o público a questionar percepções e significados”.

No dia seguinte, também pelas 18h, a Livraria Portuguesa recebe o fotógrafo brasileiro para uma conversa sobre a arte da fotografia, em geral, e o seu trabalho, em particular. Neste diálogo com o público, Ale Ruaro vai partilhar o seu percurso de três décadas e a visão artística que caracteriza a sua obra, com uma predilecção por retratos e detalhes da figura humana.

O artista nascido no Rio de Janeiro dedica-se à fotografia desde 1995, tendo começado por fotografar teatro, publicidade e arquitectura. A nota biográfica publicada na sua página oficial revela que, depois de 14 anos de dessatisfação com a fotografia comercial, acabou por queimar todas as imagens produzidas até então e dar início ao seu trabalho como artista.

Desde então, já publicou dez foto-livros, participou em feiras e concursos brasileiros e internacionais e viu a sua obra exposta em mostras individuais e colectivas, tanto em galerias privadas como em conceituados espaços culturais como o Museu de Arte Contemporânea de Niterói ou o Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli.

As suas imagens são invariavelmente captadas a preto e branco, fazendo uso de uma iluminação contrastada e densa que, segundo a organização, evoca “os contornos e a atmosfera de pintores holandeses como Vermeer e Rembrandt”. O seu olhar artístico é “suave, amoroso e solidário”, procurando questionar preconceitos e desconstruir a concepção de “normal” ou “convencional”.

Para além da associação Halftone e da Livraria Portuguesa, a visita de Ale Ruaro a Macau conta ainda com o apoio da Fundação Oriente, da agência COM Viagens, do Consulado Geral do Brasil em Hong Kong e Macau, da Universidade de São José e do Leitorado do Instituto Guimarães Rosa – USJ Macau. Carolina Baltazar – Macau in “Ponto Final”


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