Ale Ruaro está de visita a Macau para uma conversa sobre o seu percurso profissional. Nos dias 24 e 25 deste mês, a Livraria Portuguesa acolhe uma sessão de apresentação do mais recente livro do artista, “Vestígios”, e uma sessão de partilha em que o fotógrafo brasileiro será convidado a falar sobre o seu trabalho e a sua visão artística
A obra do fotógrafo brasileiro Ale
Ruaro vai ser homenageada na Livraria Portuguesa no final do mês, nos dias 24 e
25 de Novembro. O evento, organizado conjuntamente pela livraria e pela
associação Halftone, será realizado em língua portuguesa e contará com a
presença do fotógrafo no último dia, terça-feira.
A primeira sessão tem início pelas 18h do dia 24, uma
segunda-feira, com a apresentação do livro Vestígios. Publicada pela
editora Selo Vertigem, a obra reúne uma série de imagens “abstractas,
desfocadas e, por vezes, estranhamento inquietantes”, como descrito na sinopse,
que impelem o espectador a imergir num “mundo que parece escapar à lógica do
olho nu”.
Num comunicado de imprensa emitido pela organização do
evento, lê-se ainda que “a obra reúne mais de duas décadas de pesquisa visual e
desconstrução da linguagem fotográfica, propondo uma reflexão sobre a
fotografia expandida” e criando, assim, “uma abordagem que ultrapassa os
limites da representação tradicional e convida o público a questionar
percepções e significados”.
No dia seguinte, também pelas 18h, a Livraria Portuguesa
recebe o fotógrafo brasileiro para uma conversa sobre a arte da fotografia, em
geral, e o seu trabalho, em particular. Neste diálogo com o público, Ale Ruaro
vai partilhar o seu percurso de três décadas e a visão artística que
caracteriza a sua obra, com uma predilecção por retratos e detalhes da figura
humana.
O artista nascido no Rio de Janeiro dedica-se à
fotografia desde 1995, tendo começado por fotografar teatro, publicidade e
arquitectura. A nota biográfica publicada na sua página oficial revela que,
depois de 14 anos de dessatisfação com a fotografia comercial, acabou por
queimar todas as imagens produzidas até então e dar início ao seu trabalho como
artista.
Desde então, já publicou dez foto-livros, participou em
feiras e concursos brasileiros e internacionais e viu a sua obra exposta em
mostras individuais e colectivas, tanto em galerias privadas como em
conceituados espaços culturais como o Museu de Arte Contemporânea de Niterói ou
o Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli.
As suas imagens são invariavelmente captadas a preto e
branco, fazendo uso de uma iluminação contrastada e densa que, segundo a
organização, evoca “os contornos e a atmosfera de pintores holandeses como
Vermeer e Rembrandt”. O seu olhar artístico é “suave, amoroso e solidário”,
procurando questionar preconceitos e desconstruir a concepção de “normal” ou
“convencional”.
Para além da associação Halftone e da
Livraria Portuguesa, a visita de Ale Ruaro a Macau conta ainda com o apoio da
Fundação Oriente, da agência COM Viagens, do Consulado Geral do Brasil em Hong
Kong e Macau, da Universidade de São José e do Leitorado do Instituto Guimarães
Rosa – USJ Macau. Carolina Baltazar – Macau in “Ponto
Final”
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