O Aeroporto Internacional de Macau inaugurou uma exposição sobre a criação do mural de painéis de azulejo por parte do artista plástico português Eduardo Nery. O mural, com 210 metros de comprimento e 2,1 metros de altura, “inspira-se na mitologia, na história marítima, na evolução da aviação e nas trocas culturais entre a China e Portugal”, referiu a Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau
O Aeroporto Internacional de Macau
inaugurou uma exposição sobre a criação do mural de painéis de azulejo por
parte do artista plástico português Eduardo Nery (1938-2013).
Num comunicado, a companhia gestora da infraestrutura
disse que a mostra, no terminal de passageiros, “apresenta materiais preciosos
do processo criativo” de Nery, “incluindo esboços, estudos de cor e projectos
gráficos”.
A exposição “Arte Icónica: O Ícone do Terminal” oferece
aos visitantes “um olhar aprofundado sobre a metodologia do artista”,
acrescentou a CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau.
A mostra concentra-se no mural de azulejos portugueses
criado por Eduardo Nery para a inauguração, em 9 de Novembro de 1995, do
aeroporto, ainda durante a administração portuguesa do território.
O mural, com 210 metros de comprimento e 2,1 metros de
altura, “inspira-se na mitologia, na história marítima, na evolução da aviação
e nas trocas culturais entre a China e Portugal”, referiu a CAM.
A obra “integra com mestria a essência das culturas
chinesa e portuguesa, refletindo o papel histórico singular de Macau como ponto
de encontro das civilizações oriental e ocidental”, acrescentou a empresa.
A exposição, que serve também para assinalar os 30 anos
do aeroporto, foi organizada em conjunto pela CAM e pela Faculdade de Artes e
Humanidades da Universidade de São José.
Na cerimónia de inauguração, o presidente da CAM, Ma Iao
Hang, agradeceu ao director da faculdade, o português Carlos Sena Caires, “pela
estreita colaboração” com a família de Eduardo Nery, que permitiu apresentar ao
público “manuscritos e esboços de design gráfico de valor inestimável”.
Nascido na Figueira da Foz, em 1938, Eduardo Nery exerceu
a sua atividade nas áreas da pintura, tapeçaria, vitral, mosaico e azulejo,
entre outras. Desde a década de 60 realizou diversas intervenções em espaços
arquitectónicos, de que são exemplo os painéis de azulejo no viaduto do Campo
Grande (Lisboa) ou os vitrais da capela de São José, na Basílica de Fátima.
Entre 1970 e 1972, Eduardo Nery lecionou as disciplinas
de Desenho e Texturas no IADE, à altura designado Instituto de Arte e
Decoração.
Em 1973 integrou a primeira direção pedagógica do Centro
de Arte e Comunicação Visual (Ar.Co), escola onde se manteve até 1975.
Ao longo da carreira artística foi
premiado por diversas vezes, com destaque para um galardão atribuído na 1.ª
Bienal Internacional de Arte Contemporânea Europeia (Itália, 1975) ou o Prémio
Bordalo da Imprensa, na categoria de Artes Plásticas (1995). In “Ponto
Final” – Macau com “Lusa”
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