Macau e Portugal comprometeram-se a divulgar a coleção das “Chapas Sínicas”, um conjunto de documentos em língua chinesa classificadas como Memória do Mundo da UNESCO, no âmbito de um protocolo no domínio dos arquivos assinado esta quinta-feira em Lisboa
As
“Chapas Sínicas” são compostas por mais de 3600 documentos, incluindo mais de 1500
ofícios escritos em língua chinesa, cinco livros de cópias traduzidas para
português das cartas mantidas pelo Leal Senado de Macau e quatro volumes de
documentos diversos.
Encontram-se
na coleção Documentos em Chinês, constituída por documentos oficiais e privados
datados a partir de meados do século XVIII até meados do século XIX.
Promover
e divulgar “de forma mais abrangente” esta coleção em Macau, Portugal e na
China é uma das áreas de cooperação contemplada no memorando de entendimento
assinado hoje entre o Ministério da Cultura português e o Instituto Cultural do
Governo da Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da
China no domínio dos arquivos.
Trata-se
de um documento que pretende “contribuir de forma eficaz para o reforço e o
desenvolvimento da cooperação cultural e científica” entre Macau e Portugal.
Entre
as várias áreas abrangidas está a “promoção recíproca de exposições sobre laços
históricos, patrimoniais e culturais, numa base não lucrativa, constantes dos
acervos arquivísticos detidos pelos arquivos sob a égide de cada um dos
signatários”, bem como a “troca de informação, estudos e publicações em áreas
afins à arquivística”.
Está
igualmente contemplada, entre outras iniciativas, o aprofundamento da
“investigação sobre documentação relativa a Macau posterior a 1886”.
O
diretor-geral do Livro, dos Arquivos e das Biblioteca, Silvestre Lacerda, um
dos signatários do memorando, assinado na Torre do Tombo, sublinhou o trabalho
que juntou Macau e Portugal na candidatura das “Chapas Sínicas” à Memória do
Mundo da UNESCO, que resultaria nesta classificação em 2017, como um bom
exemplo da cooperação nesta área.
Por
seu lado, a presidente do Instituto Cultural de Macau, Leong Wai Man, também
identificou os “bons resultados” das “boas relações” entre Macau e Portugal no
domínio dos arquivos.
A
presidir à assinatura do memorando, a secretária de Estado da Cultura portuguesa,
Isabel Cordeiro, recordou “a história de alianças e de relações de cooperação”
entre Portugal, a China e Macau.
“Há
uma edificação do património [físico], mas também de amizade”, indicou.
Para
Isabel Cordeiro, as obras e os projetos evidenciam o “espírito de diálogo e
cooperação” entre Macau e Portugal. In “Bom dia Europa” - Luxemburgo
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