O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, PNUD quer que a campanha eleitoral marcada para este 13 de maio na Guiné-Bissau decorra num clima de paz e serenidade. O país vai as eleições a 4 de junho para escolher 102 deputados entre 20 partidos e duas coligações.
Inclusão
O
apelo do PNUD aos atores políticos, é para que as eleições sejam justas,
transparentes e não deixem ninguém para trás incluindo as mulheres, foi
proferido na entrega de materiais eleitorais sensíveis às autoridades nacionais
da Guiné-Bissau.
Para
o representante adjunto do PNUD, José Levy, só assim os resultados permitirão consolidar
a estabilidade e criar as condições para implementar as reformas necessárias e
desenvolver o país. A ação é parte do compromisso de apoiar os processos
democráticos como forma de promover a estabilidade, transparência e inclusão.
Cabines de voto
Os
materiais incluem 4 mil cabines de voto, 10 mil canetas de tinta indelével e 70
mil selos para as urnas, orçados em cerca de US$ 1 milhão.
“Estes
materiais foram adquiridos no âmbito do Projeto de Apoio ao Ciclo Eleitoral
2023 – 2025, para o qual foi constituído um cabaz de fundos, como mecanismo de
gestão de fundos dos parceiros e doadores. A resposta dos parceiros está sendo
lenta, o cabaz de fundos apresenta um gap de US$ 3.000.000”.
Falta de verbas
Levy
assinala a elaboração em tempo recorde do projeto para a mobilização dos
recursos para este fundo que inclui um plano de trabalho e um orçamento. As
promessas dos doadores tradicionais mantêm-se de pé, mas o contexto é de fraca
mobilização de recursos.
Enquanto
se espera pela concretização das promessas, a agência da ONU avança com os
cerca de XOF 600 milhões de francos para evitar que a viabilidade da data de 4
de junho fosse comprometida. O montante foi usado na aquisição dos materiais
eleitorais sensíveis.
O
PNUD reconhece o esforço do governo em financiar o recenseamento eleitoral e
quer que o reconhecimento seja extensivo aos parceiros, através das
contribuições ao cabaz de fundos que neste momento apresenta um gap de US$ 3
milhões.
“Contamos
disponibilizar fundos para aquisição de materiais eleitorais não sensíveis,
subsídios das Comissões Regionais das Eleições e logística para o seu
funcionamento. Próximas atividades importantes incluirão as atividades de
Educação Cívica e a verificação e validação das candidaturas pelo Supremo
Tribunal de Justiça.
Calendário Eleitoral
A
aquisição dos materiais é vista como decisão estratégica para garantir que o
processo siga cumprindo o cronograma das atividades elaborado pela Comissão
Nacional de Eleições. De recordar que a equipa técnica do PNUD para as eleições
já se encontra no terreno.
Inclui
o Conselheiro Técnico Principal que chefia a equipa, o especialista em
Logística, que trabalha diretamente com a CNE, o especialista em Finanças, e 10
Voluntários Nacionais das Nações Unidas, que vão trabalhar nas Comissões
Regionais de Eleições.
Os
doadores e parceiros tradicionais que apoiam o processo eleitoral guineense
são: a União Europeia, Portugal, Brasil e Espanha. Itália, Estados Unidos, a
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), UEMOA e o Bloco da África
Ocidental. ONU News – Nações Unidas
Sem comentários:
Enviar um comentário