Pelo menos por mais 10 anos, o Jardim de Infância D. José da Costa Nunes vai continuar a ser gerido pela Associação Promotora da Instrução dos Macaenses. Miguel de Senna Fernandes disse ao Jornal Tribuna de Macau que fica satisfeito não apenas por haver uma renovação, mas por esta significar que as autoridades apoiam o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido desde 1998. No próximo ano lectivo, o estabelecimento de ensino, que há já alguns anos acolhe maioritariamente alunos de língua materna chinesa, vai receber 80 crianças no primeiro nível de ensino
É
oficial: a Associação Promotora da Instrução dos Macaenses (APIM) vai continuar
a gerir as instalações escolares do Jardim de Infância D. José da Costa Nunes
por, pelo menos, mais 10 anos, uma vez que o acordo é renovável. A informação
já tinha sido avançada por este jornal no final de Março, mas ontem a
Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura subdelegou no director dos
Serviços de Educação, Kong Chi Meng, os poderes para celebrar, em representação
da RAEM, o acordo de arrendamento das instalações do Costa Nunes. A
subdelegação de poderes surge num despacho publicado em Boletim Oficial.
O
presidente da APIM, Miguel de Senna Fernandes, disse ao Jornal Tribuna de Macau
que a renovação do protocolo é motivo de satisfação e mostra “confiança” por
parte das autoridades em relação ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido
pelo jardim de infância. Foi em Setembro de 1998 que a APIM começou a tutelar o
estabelecimento de ensino, na sequência de um protocolo com os Serviços de
Educação, o qual se estendia por 25 anos. Esse prazo termina já a 31 de Agosto
próximo.
“Não
ficamos satisfeitos apenas por haver continuidade, mas sim por isto ser
claramente um apoio ao que andamos a fazer até agora. É, no fundo, uma
confirmação de que o serviço prestado pela APIM através do jardim de infância é
um serviço útil para Macau e é merecedor de confiança. Só isto valoriza, não é
apenas o facto de se ter renovado, é o que está por trás e o que significa esta
renovação”, afirmou Miguel de Senna Fernandes. O líder associativo disse ainda
que as partes acordaram uma renda “meramente simbólica”, de cerca de 2000
patacas por ano para utilização do espaço.
Com
cerca de 250 alunos, o Costa Nunes, cuja directora é actualmente Felizbina
Gomes, acolhe na sua maioria crianças de língua materna chinesa. “Representam
mais de 50% do total de alunos, aqueles que não têm o português como língua
materna. Somos uma espécie de espelho da Escola Portuguesa. Isto é uma
realidade que já vem de há alguns anos e agora é cada vez mais”, vincou Senna
Fernandes.
“Naturalmente,
a tendência é para crescer mais em termos de número de alunos de língua materna
não portuguesa. Enquanto não se renovar consideravelmente a comunidade
portuguesa propriamente dita é a isto que vamos assistir”, reiterou o líder
associativo.
No
próximo ano lectivo cerca de 80 novos alunos vão entrar no Jardim de Infância
D. José da Costa Nunes, com Miguel de Senna Fernandes a apontar que nos
próximos dois anos se prevê uma descida neste número devido à baixa taxa de
natalidade que o território regista.
Senna
Fernandes disse também que o Costa Nunes fez um acordo com o Instituto para os
Assuntos Municipais no âmbito da utilização de um parque infantil que se situa
junto ao estabelecimento de ensino, o qual vai servir para utilização tanto das
crianças do jardim de infância como para o público, mas em horários distintos.
“Na hora do expediente, de segunda a sexta-feira e sábado de manhã é de uso
praticamente exclusivo do jardim de infância. O público em geral só poderá
utilizar partir das 18h00 dos dias de semana, a partir das 13h00 de sábado,
domingo e feriado”, explicou. Catarina Pereira – Macau in “Jornal
Tribuna de Macau”
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