Projeto sobre o osteossarcoma, liderado pela investigadora Catarina Leite Pereira, venceu a 1.ª edição da Bolsa em Sarcomas Pediátricos Nonô
A
investigadora Catarina Leite Pereira, do Instituto de Investigação e Inovação
em Saúde da Universidade do Porto (i3S), é a vencedora da primeira edição da
Bolsa em Sarcomas Pediátricos Nonô, atribuída pela Liga Portuguesa Contra o Cancro
(LPCC). No valor de 15 mil euros, este prémio permitirá à investigadora
continuar a estudar o osteossarcoma e avançar para novas terapias para o tumor
ósseo maligno mais frequente em idade pediátrica.
Denominado
«B2Tek-4OS: Bio-inspired and Bioengineered Technology for OSteosarcoma –
unraveling OS to advance in novel targeted therapies”, o projeto de Catarina
Leite Pereira “pretende tirar partido das mais recentes técnicas da
bioengenharia para estabelecer um modelo in vitro avançado, multicompartimentado,
para o estudo do osteossarcoma e da doença metastática”.
Apesar
de o osteossarcoma ser o tumor ósseo maligno mais frequente nas crianças, pouco
se tem avançado no desenvolvimento de novas terapias, limitando assim as opções
de tratamento destes doentes. Por este motivo, explica a investigadora, “é
fundamental estabelecer modelos que permitam perceber a sua biologia, a forma
como progride e os mecanismos que levam à doença metastática”.
A
“plataforma multicompartimentada” desenvolvida pela investigadora do i3S irá
possibilitar o estudo da doença e a identificação de novos alvos terapêuticos.
Futuramente, Catarina Leite Pereira acredita que este modelo poderá também ser
uma mais-valia como ferramenta pré-clínica na triagem de novos
fármacos/terapias para o tratamento do osteossarcoma.
Para
a investigadora, vencer a primeira edição desta Bolsa representa “uma enorme
honra”, mas também uma “grande responsabilidade”. “Sinto que que a atribuição
desta bolsa é um reconhecimento da importância do meu projeto no avanço da
investigação em Osteossarcoma e, sobretudo, demonstra como a combinação de
diferentes áreas do conhecimento podem contribuir para mudar o paradigma
clínico neste contexto”, destaca.
Este
financiamento permitirá à investigadora do grupo «Nanomedicine &
Translational Drug Delivery» do i3S implementar a primeira fase do projeto, que
consiste no desenvolvimento de um modelo de osteossarcoma 3D multicelular.
“Ao
incluir as diferentes componentes celulares que constituem o tumor,
nomeadamente as células tumorais, células do estroma e células imunes,
pretende-se recapitular in vitro o seu microambiente e desta forma perceber as
diferentes interações célula-célula e célula-matriz extracelular na progressão
tumoral”, explica. Universidade do Porto - Portugal
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