Representantes
da empresa de engenharia brasileira Liderroll, especializada no mercado de
construção de gasodutos especiais em vários países, têm mantido contacto com
responsáveis e autoridades suíças e portuguesas com o intuito de oferecer
alternativas e encontrar soluções capazes de auxiliar a Europa a ultrapassar os
desafios da crise energética, muito por conta do conflito entre Rússia e
Ucrânia.
A
nossa reportagem conversou com Paulo Roberto Gomes Fernandes, engenheiro
eletricista, ex-professor Federal e CEO da Liderrol, que comentou que “tomou
conhecimento do rascunho editado pelo conselho federal suíço de 23 de novembro
de 2022 para a aplicação de um possível regulamento sobre restrições e
proibições de uso de energia elétrica, com base na lei estadual de fornecimento
de 17 de junho de 2016” e que “não tem dúvidas do que já defendeu em
entrevistas anteriores sobre a necessidade de construção de um gasoduto para
distribuir energia verde no velho continente”.
“Estou
cada vez mais convicto do que afirmei, da minha linha de raciocínio,
estratégia. A Europa vai viver mais uma corrida maluca do tipo “cada um por
si”, no mesmo modelo das medidas contra o vírus SARS-CoV-19 (Covid-19)
dependendo frontalmente da urbanidade, compreensão e colaboração de cada
cidadão em cumprir obedientemente os regulamentos impostos pelas autoridades.
As medidas que estão pensadas neste regulamento esboçado pelas autoridades
suíças podem não ser eficazes até mesmo no seu território, muito menos em
outros países”, defendeu Paulo Fernandes, que destacou que “a situação em si
trará custo e responsabilidades para as autoridades à medida que demandará
fiscalização de agentes da administração pública, exposição a riscos de
acidentes automotivos e até perdas de vidas humanas para casos de apagões mais
prolongados em unidades hospitalares, residências, hotéis e etc., que não
contarem com geradores de emergência e ou que até não tenham acesso ao
reabastecimento de Hidrocarboneto para estas máquinas, que vem a ser o derivado
do petróleo do tipo óleo diesel”.
Este
especialista sublinha ainda que, no documento suíço, “não há nenhuma ação para
resolver e ou pacificar a dependência da matriz energética do país, mas somente
ações paliativas de baixo impacto”.
“No
rascunho temos medidas como limitar a utilização dos carros elétricos;
restrições em serviços de streaming e outros dispositivos tecnológicos; corte
de iluminação pública que comprometeria a segurança operacional; desconectar
todos os aparelhos domésticos das tomadas do modo “pronto para uso”; limitação
entre 18º a 20º da temperatura de aquecimento das casas; limitação do uso de
utensílios domésticos; entre outros”, mencionou Fernandes, que disse que, no
caso da Suíça, “há um caminho muito mais curto para se obter qualquer tipo de
energia ou insumo de produção, do que caminhar para o lado Leste”. In “Agência
Incomparáveis” - Brasil
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