Crescimento está associado ao aumento dos fatores de risco, como a obesidade, segundo a organização internacional
O
número de diabéticos triplicou nos últimos 30 anos na América, mostra um novo
relatório da Organização Panamericana da Saúde (Opas). Segundo o documento, o
aumento está relacionado ao crescimento dos fatores de risco, como altas taxas
de obesidade, falta de atividade física e uma maior aderência a dietas poucos
saudáveis.
"Nossa
preocupação é o crescimento da doença não só entre adultos, mas também nos
jovens, algo que antes era raro", diz o médico Levimar Araújo, presidente
da Sociedade Brasileira de Diabetes. Atualmente, dois terços dos adultos no
continente estão com sobrepeso ou são obesos. Além disso, cerca de 40% não
segue uma rotina de atividade física. Entre os jovens, 30% estão acima do peso.
"Observamos
que as pessoas estão mais sedentárias, com uma alimentação menos regrada. Acho
que há muito desconhecimento sobre esses riscos", afirma o especialista. O
documento da Opas reafirma a necessidade de
prevenção e promoção de um estilo de vida saudável, além de um diagnóstico
precoce e um controle da doença para prevenir complicações.
Ao
contrário do diabetes tipo 1, que não pode ser prevenido pois há uma falha do
pâncreas em produzir insulina, no diabetes tipo 2 os hábitos de vida têm grande
impacto no desenvolvimento da doença. O corpo se torna resistente a esse
hormônio, ou não produz em quantidade suficiente. Daí a importância de manter
uma dieta saudável, peso adequado e praticar atividade física.
Doença subdiagnosticada
Hoje,
há cerca de 62 milhões de diabéticos nas Américas. No entanto, a estimativa é
que o número seja ainda maior, pois 40% desconhecem o diagnóstico.
Muitos
países do continente não possuem em seu serviço público de saúde equipamentos
básicos, como os utilizados para medir a glicemia ou diagnosticar corretamente
as complicações. A doença é a sexta causa de morte nas Américas e a segunda
causa de problemas como cegueira, amputações e doença crônica renal. Além
disso, o diabetes triplica o risco de morte por doença cardiovascular. Gabriela
Cupani – Brasil in “247” com “Agência Einstein”
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