O
novo Provedor de Direitos Humanos e Justiça (PDHJ), Virgílio Guterres,
timorense tomou ontem posse em Díli, comprometendo-se a actuar de forma
independente e a lutar pela defesa dos direitos humanos, boa governação e paz
“A
defesa intransigente dos direitos inalienáveis do povo de Timor-Leste é um
dever sagrado que tem de ser cumprido por todos os filhos do heroico povo
maubere”, disse Virgílio Guterres, recordando a frase que serviu de mote à ação
dos jovens e estudantes na luta contra a ocupação indonésia.
Virgílio
Guterres, eleito a 12 de Dezembro para um mandato de quatro anos, tomou posse
numa cerimónia presidida pelo presidente do Parlamento Nacional, Aniceto
Guterres Lopes, e na qual participaram deputados e outras individualidades
nacionais.
“Damos
posse ao novo PDHJ para o período até 2027. A PDHJ é uma instituição do Estado
que se insere no processo de construção nacional e de um Estado de direito
democrático, da reconstrução da sociedade timorense, que tem que ser feita com
base em valores universais e timorenses, para criar uma sociedade justa,
pacifica e próspera”, disse Aniceto Guterres Lopes.
Depois
de prestar juramento, e recordando a sua “consciência patriótica”, Virgílio
Guterres disse que trabalharia para defender os cidadãos timorenses, sem
qualquer discriminação, afirmando que “um combatente é um servidor do povo”, e
que “o sacrifício é sempre primeiro, e o benefício só depois”.
Agradecendo
a confiança política do Parlamento Nacional, reiterou o compromisso de atuar
com responsabilidade, dada a importância dos direitos humanos e justiça em
Timor-Leste, elemento central do processo de consolidação democrática.
O
presidente do parlamento recordou importantes papéis do PDHJ, nomeadamente
ouvir e auscultar queixas de cidadãos, e prevenir abusos das autoridades, entre
outras, ajudando a promover a boa governação no país.
Aniceto
Guterres Lopes recordou ainda o passado de Virgílio Guterres como “jornalista
com grande capacidade critica”, bem como o seu envolvimento na luta contra a
ocupação indonésia de Timor-Leste.
Numa
mensagem lida na cerimónia, a PDHJ cessante referiu-se à necessidade de
reforçar a comunicação e cooperação interna e externa para consolidar a ação da
instituição, maximizando assim os esforços de prevenção e proteção dos direitos
humanos em Timor-Leste.
Ao
longo do seu mandato, disse, a PDHJ recebeu quase 850 queixas de cidadãos,
tendo acompanhado algumas das polémicas dos últimos anos, incluindo pagamentos
de subsídios e apoios relacionados com a covid-19 e o pagamento do 13.º mês em
2022.
Em
Dezembro, depois de ser eleito, o ex-presidente do Conselho de Imprensa e novo
PDHJ disse à Lusa que as prioridades do seu mandato serão proteger e defender
os direitos das mulheres, das crianças e de outros setores vulneráveis da
sociedade. In “Ponto Final” – Macau com “Lusa”
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