Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 24 de julho de 2022

Galiza - A Conselharia de Cultura da Junta proíbe o português

A Conselharia de Cultura da Junta da Galiza proíbe a utilização do português embora a lei de aproveitamento da língua portuguesa e vínculos com a lusofonia que obriga à Junta a promover e fomentar o conhecimento da língua portuguesa entre os integrantes do poder público e os empregados públicos.

Tudo a meio de uma Resolução que inadmite um documento redigido em língua portuguesa pela Fundação Ernesto Guerra Da Cal. Esta apresentou um Recurso de Resolução em que utiliza os textos da lei de aproveitamento da língua portuguesa e vínculos com a lusofonia para mostrar a arbitrariedade, capricho, ignorância, censura, desapreço e mesmo ódio contra todo o que nós somos, da Resolução emitida pela Conselharia de Cultura da Junta da Galiza que obriga a redigir em uma das duas línguas oficiais da Galiza, dando-se o paradoxo de que a oficial e denominada língua galega é intercompreensível com o português como estabelece a lei de aproveitamento da língua portuguesa. Isto é, toda a secular literatura galega fica proibida por não estar redigida em uma das duas línguas oficiais na Galiza.

Embora a dificuldade dos textos legais, achamos de muita importância a publicação e leitura do Recurso de Reposição a seguir porque faz um retrato do estado atual de liberdade ou democracia relativo à utilização na Galiza da nossa própria língua e cultura que não é outra do que a portuguesa.

Também chama a atenção o silêncio, a falta de iniciativas democráticas contra esta proibição de todas as pessoas ou coletivos que apoiaram e defenderam a dita lei de aproveitamento da língua portuguesa e vínculos com a lusofonia. Tudo foi posto em conhecimento das pessoas alegadas representantes democráticas dos parlamentos galego, português, espanhol. Reiteradamente demandada qualquer iniciativa contra a proibição do português da parte do Conselheiro de Cultura Sr. Romão Rodriguez. Manuel Zebral – Galiza in “Portal Galego da Língua”

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Manuel Lopes Zebral - (Ferrol, 1949) Engenheiro Técnico das Telecomunicações em 1973; trabalhei como operário-mecânico nos estaleiros navais ASTANO em Fene, na Ria de Ferrol (1974-1984); publiquei o livro «ASTANO, cronologia das lutas dum estaleiro encerrado» editado por mim próprio em 1987; solidário com a Revolução Sandinista viajei a Nicarágua em 1984; estudei jornalismo (1985-1987); em agosto de 1986 viajei ao Viet Nam e publiquei um livro «De Viet Nam à Galiza... Com Amor» editado por mim próprio em 1990; trabalhei como professor de Informática em Ferrol (1989-1995); publiquei o livro «Manual Galego-Português de História» editado por mim próprio em 1996; assisti, convidado, à criação da CPLP em 1996; em 1997 convidado especial com voz participei na reunião do Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da CPLP; acompanhei em Oslo os atos de entrega do Prémio Nobel da Paz a Ramos Horta e Ximenes Bello; em 1998 criamos a Comissão para a Reunificação Nacional da Galiza e Portugal e participamos no Festival Mundial da Juventude e na Reunião Internacional de Ministros Responsáveis pela Juventude auspiciada pela ONU em que entreguei em mão ao secretário-geral, Kofi Annan, dois escritos em favor do reconhecimento do direito da Galiza à Autodeterminação, Independência e Soberania; viajei a Genebra (2003-2005) para, em diferentes organizações da ONU, colocar a questão da liberdade nacional da Galiza unida a Portugal para além da língua portuguesa ser oficial e de trabalho na ONU. Envolvido nas diferentes lutas para a Galiza se unir nacionalmente com Portugal ou fazer parte da CPLP, criei a Fundação Ernesto Guerra Da Cal para difundir o seu pensamento e obra, a sua Portugaliza, e durante mais de dois anos trabalhei para realizar o livro intitulado "O ferrolano Ernesto Guerra da CAl, estudo do seu pensamento político, biográfico e contexto".



 

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