A
Conselharia de Cultura da Junta da Galiza proíbe a utilização do português
embora a lei de aproveitamento da língua portuguesa e vínculos com a lusofonia
que obriga à Junta a promover e fomentar o conhecimento da língua portuguesa
entre os integrantes do poder público e os empregados públicos.
Tudo
a meio de uma Resolução que inadmite um documento redigido em língua portuguesa
pela Fundação Ernesto Guerra Da Cal. Esta apresentou um Recurso de Resolução em
que utiliza os textos da lei de aproveitamento da língua portuguesa e vínculos
com a lusofonia para mostrar a arbitrariedade, capricho, ignorância, censura,
desapreço e mesmo ódio contra todo o que nós somos, da Resolução emitida pela
Conselharia de Cultura da Junta da Galiza que obriga a redigir em uma das duas
línguas oficiais da Galiza, dando-se o paradoxo de que a oficial e denominada
língua galega é intercompreensível com o português como estabelece a lei de
aproveitamento da língua portuguesa. Isto é, toda a secular literatura galega
fica proibida por não estar redigida em uma das duas línguas oficiais na
Galiza.
Embora
a dificuldade dos textos legais, achamos de muita importância a publicação e
leitura do Recurso de Reposição a seguir porque faz um retrato do estado atual
de liberdade ou democracia relativo à utilização na Galiza da nossa própria
língua e cultura que não é outra do que a portuguesa.
Também chama a atenção o silêncio, a falta de iniciativas democráticas contra esta proibição de todas as pessoas ou coletivos que apoiaram e defenderam a dita lei de aproveitamento da língua portuguesa e vínculos com a lusofonia. Tudo foi posto em conhecimento das pessoas alegadas representantes democráticas dos parlamentos galego, português, espanhol. Reiteradamente demandada qualquer iniciativa contra a proibição do português da parte do Conselheiro de Cultura Sr. Romão Rodriguez. Manuel Zebral – Galiza in “Portal Galego da Língua”
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Manuel Lopes Zebral - (Ferrol, 1949) Engenheiro Técnico das Telecomunicações em
1973; trabalhei como operário-mecânico nos estaleiros navais ASTANO em Fene, na
Ria de Ferrol (1974-1984); publiquei o livro «ASTANO, cronologia das lutas dum
estaleiro encerrado» editado por mim próprio em 1987; solidário com a Revolução
Sandinista viajei a Nicarágua em 1984; estudei jornalismo (1985-1987); em
agosto de 1986 viajei ao Viet Nam e publiquei um livro «De Viet Nam à Galiza...
Com Amor» editado por mim próprio em 1990; trabalhei como professor de
Informática em Ferrol (1989-1995); publiquei o livro «Manual Galego-Português
de História» editado por mim próprio em 1996; assisti, convidado, à criação da
CPLP em 1996; em 1997 convidado especial com voz participei na reunião do
Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da CPLP; acompanhei em Oslo os
atos de entrega do Prémio Nobel da Paz a Ramos Horta e Ximenes Bello; em 1998
criamos a Comissão para a Reunificação Nacional da Galiza e Portugal e
participamos no Festival Mundial da Juventude e na Reunião Internacional de
Ministros Responsáveis pela Juventude auspiciada pela ONU em que entreguei em
mão ao secretário-geral, Kofi Annan, dois escritos em favor do reconhecimento
do direito da Galiza à Autodeterminação, Independência e Soberania; viajei a
Genebra (2003-2005) para, em diferentes organizações da ONU, colocar a questão
da liberdade nacional da Galiza unida a Portugal para além da língua portuguesa
ser oficial e de trabalho na ONU. Envolvido nas diferentes lutas para a Galiza
se unir nacionalmente com Portugal ou fazer parte da CPLP, criei a Fundação
Ernesto Guerra Da Cal para difundir o seu pensamento e obra, a sua Portugaliza,
e durante mais de dois anos trabalhei para realizar o livro intitulado "O
ferrolano Ernesto Guerra da CAl, estudo do seu pensamento político, biográfico
e contexto".
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