Portugal
vai ter um leitorado na Coreia do Sul, no âmbito da aposta na promoção e
divulgação da língua portuguesa na Ásia, que terá ainda mais iniciativas em
2023, anunciou ontem o presidente do Camões. João Ribeiro de Almeida falava à
agência Lusa no final da sessão de abertura do 7.º encontro da Rede de Ensino
Português no Estrangeiro (EPE), que decorre em Lisboa, com o tema “Cultura e
Cidadania”.
Segundo
o presidente do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, está prevista a
criação de um leitorado na Coreia do Sul, que será “uma antena cultural” que
fará “a ponte cultural entre os dois países e, sobretudo, a dinamização,
divulgação e promoção da língua e cultura portuguesa num país como a República
da Coreia”.
Apesar
de actualmente já existirem “protocolos de apoio à docência”, o Camões concluiu
que a região da Ásia “estava um pouco desguarnecida” da presença portuguesa na
área cultural e até da promoção da língua. Foi decidido superiormente, a seguir
à visita do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação,
Francisco André, à Coreia do Sul, a criação deste leitorado, que é “um grande
investimento português, pois exige investimentos avultados”.
Um
leitorado – concretizado na figura de um leitor que é um docente universitário
encarregado de ensinar a língua do seu país em universidades de países
estrangeiros – “é o máximo” que se pode ter a nível do investimento do Estado
português naquele país para “consolidar a presença” portuguesa na área. Segundo
João Ribeiro de Almeida, a Ásia é seguramente uma das prioridades para 2023,
ano em que serão conhecidas “novas notícias sobre investimentos na promoção e
divulgação da língua portuguesa na região”.
O encontro
da rede EPE centra-se nas dimensões e conceitos da cultura portuguesa e da
cidadania e reúne coordenadores, adjuntos de coordenação, docentes do EPE e
leitores de língua e cultura portuguesas em universidades estrangeiras. Um dos
propósitos do encontro é reflectir sobre como integrar e operacionalizar nos
programas do EPE, de modo transversal e progressivo, competências nestes
domínios, a par das competências linguísticas que os mesmos já encerram,
concorrendo para o desenvolvimento de cidadania global e pluricultural.
A
rede EPE integra 323 docentes que apoiam o ensino e a aprendizagem da língua e
da cultura portuguesas a jovens que frequentam o ensino básico e secundário nos
17 países abrangidos, bem como 51 leitores que exercem funções em universidades
em 41 países. In “Ponto Final” - Macau
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