O coordenador do teatro operacional norte nas Forças Armadas de Moçambique disse este sábado (23.07) que dezenas de rebeldes foram mortos durante a operação que culminou com o assalto à principal base dos insurgentes em Macomia, na província de Cabo Delgado
"As
nossas forças em operações mataram dezenas de terroristas e apreenderam
material bélico e informático", disse Omar Saranga à comunicação social
estatal em Macomia, durante uma visita à base Catupa, que era considerada
estratégica para os rebeldes e que foi assaltada pelas forças governamentais há
três semanas.
A
base Catupa estava localizada numa mata densa do distrito de Macomia e
albergava rebeldes que fugiram das operações militares que culminaram com a
recuperação de Mocímboa da Praia, em agosto do ano passado.
Durante
a operação para a tomada da base Catupa, as forças governamentais apreenderam
material bélico, em quantidade não especificada, e computadores, bem como
rádios de comunicação que eram usados pelos rebeldes para coordenar ações.
As
forças governamentais posicionadas no local apresentaram um homem que alega ter
sido um segurança de um dos líderes dos rebeldes que estavam em Catupa, um
jovem que se terá rendido aos militares durante a incursão.
"Ele
é um exemplo daqueles moçambicanos [que estão com os rebeldes] para os quais
apelamos sempre que se entreguem às nossas forças. Como podem ver, ele não está
maltratado. Ele tem um dos braços amputado, mas isto foi feito por um dos
terroristas [o líder para o qual alegadamente o jovem trabalhava]",
explicou Omar Saranga.
A
operação que resultou na tomada da base Catupa foi anunciada pelo chefe de
Estado moçambicano, Filipe Nyusi, há uma semana, tendo avançado que, durante os
confrontos, um dos líderes dos rebeldes que aterrorizam Cabo Delgado desde 2017
foi abatido.
Para
o Presidente moçambicano, a morte de um dos líderes dos rebeldes e a tomada de
uma base estratégica não significam o fim da luta contra o terrorismo no Norte
de Moçambique, embora o inimigo esteja "fragilizado".
"Não
estou a dizer que o problema acabou”, frisou, na altura, Filipe Nyusi. Agência
Lusa
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