O
Secretário-geral da UCCLA, Vitor Ramalho, irá promover a edição do seu último
livro “As minhas causas” no dia 8 de setembro, às 18 horas, no
auditório da UCCLA.
Com
a chancela da Guerra e Paz Editores, a obra será apresentada por Leonor Beleza
- por ter sido colega do autor no governo do “Bloco Central” no Ministério do
Trabalho onde ambos pertenceram como Secretários de Estado - e por Nicolau
Santos - como o autor natural de Angola.
O
livro aborda temas respeitantes a iniciativas que o autor promoveu ou
coorganizou e que entendeu serem do interesse coletivo divulgá-las
publicamente. Esses temas respeitam, em parte, ao mundo lusófono,
particularmente de factos ocorridos em Angola e Moçambique, e também da luta
anticolonial em geral, para além dos que têm a ver com a política interna de
Portugal e, nesta, de afirmação do país no mundo.
O lançamento do livro terá transmissão em direto através da página do Facebook da UCCLA em:
https://www.facebook.com/UniaodasCidadesCapitaisLinguaPortuguesa
Sinopse:
Vivemos
hoje num mundo multipolar, com novas perspectivas geoestratégicas.
O
reforço do populismo, as derivas autoritárias, a incerteza no futuro e a
navegação à bolina deram lugar à marginalização das causas na política,
afectando o sentido do rumo da marcha.
Estas
As Minhas Causas, ao conduzirem-nos à reflexão sobre a importância dos factos
em que o autor se envolveu, transporta-nos para a defesa e aprofundamento de
desígnios nacionais e, no essencial, à nobreza do exercício da actividade
política.
Os
24 capítulos do livro iniciam-se com uma viagem de cariz humanitário a Luanda,
a convite da Cruz Vermelha Internacional, para a avaliação no terreno das
medidas necessárias à consolidação da paz no período que se seguiria à guerra
fratricida que Angola teve e termina com a necessidade de se salvaguardar a
memória colectiva, também ela garante do futuro.
Vitor
Ramalho é um homem de causas, algo que se revela no seu percurso, ao longo da
vida: são as histórias desse percurso e dessas causas, contadas na primeira
pessoa, que o autor partilha connosco neste As Minhas Causas.
Diz-se
que uma nação que esquece o seu passado não tem futuro, por isso, Vitor Ramalho
dá-nos este livro para memória futura das causas que, diz ele, «são de todos,
porque os desígnios nacionais não são pertença exclusiva de ninguém» e «nenhuma
acção humana é possível de ser alcançada isoladamente».
Eis
algumas dessas causas:
•
A sua participação essencial como mediador da recuperação da Lisnave, o
principal estaleiro português de construção e reparação naval;
•
Ter sido uma das figuras centrais no amplo processo de mobilização do I
Congresso dos Quadros Angolanos no Exterior, que enquadrou o processo de paz
para Angola, em Bicesse;
•
Os contributos que deu para o processo de paz em redor de Ressano Garcia,
Moçambique, antes dos acordos de Roma, e ainda para as primeiras eleições
livres ocorridas em 1994, em Moçambique;
•
A promoção da luta contra a fome, tendo sido promotor da Campanha portuguesa
contra a fome em Angola durante a guerra civil;
•
O seu activismo impulsionador da participação da sociedade civil
consubstanciado pela criação da Associação para a participação cívica
Participar+;
• A
defesa de princípios, sem hesitações, nas funções públicas que exerceu,
nomeadamente, no chamado «orçamento limiano», no Congresso «Portugal que
Futuro?» ou na contribuição para viabilizar empresas em dificuldades;
•
A sua luta pela lusofonia e pela preservação dos laços privilegiados de amizade
e cooperação com os povos e países de língua portuguesa.
Num
registo pessoal de situações e acontecimentos vividos pelo autor, Vitor Ramalho
mostra-nos que «não há futuro sem memória».
Estas
são as suas causas, As Minhas Causas.
Biografia do autor:
Vitor Manuel Sampaio Caetano Ramalho nasceu na Caála, Angola, em 21 de Julho de 1948,
licenciando-se, em 1970, em Direito, pela Universidade de Lisboa. Exerceu
advocacia e teve funções governativas como secretário de estado do Trabalho no
governo do bloco central (1984-1985), presidido por Mário Soares. Foi
secretário de estado adjunto do Ministro da Economia no primeiro governo de
António Guterres (1997-2000) e consultor da Casa Civil do Presidente da
República Mário Soares (1986-1996). De 2000 a 2008, foi deputado eleito pelo
Partido Socialista, tendo, no exercício de funções, presidido o Grupo
Parlamentar de Amizade Portugal-Angola, a XI Comissão da Assembleia da
República (Trabalho e Segurança Social) e o Núcleo Nacional dos Fóruns
Parlamentares de Língua Portuguesa. Assumiu a vice-presidência da Cruz Vermelha
Portuguesa (1999-2003), foi professor convidado da Universidade Autónoma de
Lisboa e presidente da Fundação INATEL. É membro de inúmeras associações
lusófonas da sociedade civil, sendo também presidente da direcção da Associação
Cívica Participar+. Actualmente, é secretário-geral da UCCLA - União das
Cidades Capitais de Língua Portuguesa e autor de várias publicações técnicas
sobre o direito do trabalho e o mundo lusófono, além de ter livros publicados,
o último dos quais Crónica de Uma Amizade Fixe, da colecção Temas e Debates, da
Bertrand.
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