Helena Pereira foi premiada no VI Concurso Pitch de Investigação do Grupo Compostela de Universidades, na Suíça, por apresentar um novo substituto ósseo com materiais bioativos, que pode ser absorvido pelo corpo humano e permitir a fase natural de regeneração óssea, melhorando a vida dos pacientes
A
aluna do doutoramento em Líderes para as Indústrias Tecnológicas da Escola de
Engenharia da Universidade do Minho e do Programa MIT-Portugal adiantou que o
projeto está na fase exploratória e com testes in vitro nos laboratórios do
Centro de Microssistemas Eletromecânicos da Universidade do Minho (CMEMS), em
Guimarães.
O
principal objetivo da cientista do CMEMS é “criar um produto que se dissolva ao
longo dos anos com base em material bioativo, ao mesmo tempo que o osso se
regenera, o produto dissolve-se”. Atualmente, o fosfato de cálcio já é usado
como substituto ósseo, em pessoas com pouco osso.
Helena
explica que “a presente solução funciona como um implante de fosfatos, pois,
além de dissolver à taxa de regeneração do osso e de forma controlada, tem
propriedades mecânicas equivalentes às do osso”.
“Essa
é a minha principal inovação, graças a uma combinação dos fosfatos de cálcio e
do processo de manufatura”, realça a jovem investigadora.
Este
novo substituto recorre à “utilização de fosfatos de cálcio degradáveis,
combinando hidroxiapatita e beta-tricálcio de fosfato, para obter um substituto
com dissolução controlada, compatível com a taxa de regeneração óssea, e
elevadas propriedades mecânicas, equivalentes às do osso, o que permite evitar
perda óssea, nova cirurgia, imunorreações e outras complicações ligadas a
tratamentos comuns”. Helena acrescenta ainda que “por exemplo, substitutos
sintéticos com titânio, cobalto e crómio têm revelado problemas como libertação
de ferro e excessiva rigidez”.
Em
comunicado a jovem acrescenta ainda alguns dados interessantes como o facto de
“o osso ser o segundo tecido mais transplantado do mundo e se estimar que 1.5
milhões de pessoas por ano sofrem uma fratura devido a doenças ósseas, com
custos significativos para os sistemas de saúde”.
Realça
ainda que “o problema afeta em especial os seniores e a Organização Mundial de
Saúde prevê que no ano 2050 haja dois mil milhões de pessoas com mais de 60
anos”. In “Bom dia Europa” - Luxemburgo
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