Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

China - Medicina tradicional com eixo sino-lusófono

O papel da medicina tradicional chinesa na cooperação sino-lusófona foi amplamente destacado num colóquio online, primeira iniciativa organizada no âmbito do Centro de Intercâmbio da Prevenção Epidémica China-Países de Língua Portuguesa, criado em Abril

A medicina tradicional “desempenha um papel enquanto eixo de ligação” entre a China e os países de língua portuguesa e é uma área à qual RAEM tem vindo a atribuir importância, ao nível da industrialização e internacionalização. A ideia foi sublinhada por Lu Hong, presidente do Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa para a Cooperação entre Guangdong e Macau, num colóquio online, iniciado na noite de sexta-feira, numa iniciativa promovida pelo Secretariado Permanente do Fórum de Macau, Serviços de Saúde da RAEM e aquele Parque, assinalando o primeiro evento oficial no âmbito do Centro de Intercâmbio da Prevenção Epidémica China-Países de Língua Portuguesa, que foi inaugurado à margem da Reunião Extraordinária Ministerial do Fórum de Macau a 10 de Abril.

Segundo um comunicado do Fórum, Lu Hong sublinhou que o Parque Científico e Industrial figura como uma relevante “plataforma” para o desenvolvimento da medicina tradicional por parte de Macau e dos países de Língua Portuguesa, por via do modelo internacional de “introdução de medicamentos através de tratamentos médicos”, pelo que irá promover gradualmente a cooperação com o mundo lusófono. A mesma responsável expressou ainda o desejo de que as experiências adquiridas possam ser aplicadas nos trabalhos diários, contribuindo para a promoção da medicina tradicional e saúde pública entre a China e os países lusófonos.

Na cerimónia de abertura do evento, conduzido a partir do Complexo da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, o secretário-geral do Secretariado Permanente do Fórum de Macau, Ji Xianzheng, recordou por sua vez que o desenvolvimento e a cooperação no domínio da medicina tradicional foram plasmados no Plano de Acção de todas as edições da Conferência Ministerial, merecendo o “empenho” e a “dedicação” do organismo. Ji Xianzheng garantiu que o Fórum irá aproveitar o papel do referido Centro para lançar mais actividades de formação, estágios e intercâmbios no sector da saúde pública entre a China e os países de Língua Portuguesa.

Já o director dos Serviços de Saúde, Alvis Lo, referiu que o Governo da RAEM tem implementado um plano de cooperação com a Organização Mundial da Saúde na área da medicina tradicional desde 2011, apoiando a organização de diversos workshops de formação, e envolvendo já mais de 2500 funcionários públicos na área da saúde de todo o mundo, especialmente de Macau, países lusófonos e ligados à iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”.

O programa do colóquio foi distribuído por quatro sessões, com palestras e intercâmbios online, sendo transmitido em tempo real nas plataformas “VooV Meeting”, “YouTube” e “Bilibili”. Segundo o Fórum, estava prevista a participação de mais 600 personalidades, incluindo representantes de entidades governamentais, médicos clínicos, especialistas e académicos da área da medicina tradicional, do Interior da China, Macau e dos países lusófonos. In “Jornal Tribuna de Macau” - Macau


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