O papel da medicina tradicional chinesa na cooperação sino-lusófona foi amplamente destacado num colóquio online, primeira iniciativa organizada no âmbito do Centro de Intercâmbio da Prevenção Epidémica China-Países de Língua Portuguesa, criado em Abril
A
medicina tradicional “desempenha um papel enquanto eixo de ligação” entre a
China e os países de língua portuguesa e é uma área à qual RAEM tem vindo a
atribuir importância, ao nível da industrialização e internacionalização. A ideia
foi sublinhada por Lu Hong, presidente do Parque Científico e Industrial de
Medicina Tradicional Chinesa para a Cooperação entre Guangdong e Macau, num
colóquio online, iniciado na noite de sexta-feira, numa iniciativa
promovida pelo Secretariado Permanente do Fórum de Macau, Serviços de Saúde da
RAEM e aquele Parque, assinalando o primeiro evento oficial no âmbito do Centro
de Intercâmbio da Prevenção Epidémica China-Países de Língua Portuguesa, que
foi inaugurado à margem da Reunião Extraordinária Ministerial do Fórum de Macau
a 10 de Abril.
Segundo
um comunicado do Fórum, Lu Hong sublinhou que o Parque Científico e Industrial
figura como uma relevante “plataforma” para o desenvolvimento da medicina
tradicional por parte de Macau e dos países de Língua Portuguesa, por via do
modelo internacional de “introdução de medicamentos através de tratamentos
médicos”, pelo que irá promover gradualmente a cooperação com o mundo lusófono.
A mesma responsável expressou ainda o desejo de que as experiências adquiridas
possam ser aplicadas nos trabalhos diários, contribuindo para a promoção da
medicina tradicional e saúde pública entre a China e os países lusófonos.
Na
cerimónia de abertura do evento, conduzido a partir do Complexo da Plataforma
de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua
Portuguesa, o secretário-geral do Secretariado Permanente do Fórum de Macau, Ji
Xianzheng, recordou por sua vez que o desenvolvimento e a cooperação no domínio
da medicina tradicional foram plasmados no Plano de Acção de todas as edições
da Conferência Ministerial, merecendo o “empenho” e a “dedicação” do organismo.
Ji Xianzheng garantiu que o Fórum irá aproveitar o papel do referido Centro
para lançar mais actividades de formação, estágios e intercâmbios no sector da
saúde pública entre a China e os países de Língua Portuguesa.
Já
o director dos Serviços de Saúde, Alvis Lo, referiu que o Governo da RAEM tem
implementado um plano de cooperação com a Organização Mundial da Saúde na área
da medicina tradicional desde 2011, apoiando a organização de diversos workshops
de formação, e envolvendo já mais de 2500 funcionários públicos na área da
saúde de todo o mundo, especialmente de Macau, países lusófonos e ligados à
iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”.
O
programa do colóquio foi distribuído por quatro sessões, com palestras e
intercâmbios online, sendo transmitido em tempo real nas plataformas
“VooV Meeting”, “YouTube” e “Bilibili”. Segundo o Fórum, estava prevista a
participação de mais 600 personalidades, incluindo representantes de entidades
governamentais, médicos clínicos, especialistas e académicos da área da
medicina tradicional, do Interior da China, Macau e dos países lusófonos. In “Jornal
Tribuna de Macau” - Macau
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