O escritor luso-cabo-verdiano Henrique Levy é o vencedor
do prémio Literário Natália Correia 2022, cujo resultado foi anunciado no
último sábado, 3 de Setembro
Neste
ano de 2022, este prémio foi atribuído ao poeta e romancista Henrique Levy com
a obra "Vinte e Sete Cartas de Artemísia", um romance epistolar.
Segundo
uma informação partilhada por Ana Aguiar de Pina, o júri do prémio Literário
Natália Correia, instituído pela Câmara Municipal de Ponta Delgada (Portugal)
decidiu por unanimidade atribuir, no ano de 2022, o prémio supracitado, na
modalidade de narrativa, à obra intitulada "Vinte e Sete Cartas de Artemísia",
assinada com o pseudónimo Gertrudes Magna, da autoria de Henrique José de
Aguiar Fonte Leandro dos Santos Levy.
Para
o júri a obra "Vinte e Sete Cartas de Artemísia" constitui um romance
notável pela originalidade de escrita e de pensamento, em que se cruzam
inquietação e sabedoria nas indagações respeitantes à condição humana.
“Através
de um estilo singular e de marcante opulência literária, a narrativa percorre
domínios invulgares na linguagem e no imaginário, que conduzem a protagonista a
universos multifacetados sem jamais se prejudicar a coesão da estrutura global
da narrativa”, refere.
E
que a arquitetura formal deste romance revela-se de uma sensibilidade
surpreendente aos caminhos do romance contemporâneo, “deixando-se atrair pela
impureza criadora que o género tem desenvolvido nos últimos tempos, ao ousar
transgredir convenções para explorar todo um território em que a literatura se
abre à epistolografia, à poesia, ao ensaio filosófico e à História”.
Conforme
a mesma fonte, o prémio Literário Natália Correia é internacional e é destinado
às obras originais e inéditas, redigidas em língua portuguesa.
Henrique
Levy foi convidado e participou na 4ª edição do Festival de Literatura-Mundo do
Sal, em Junho último, ocasião em que se fez na Praia o lançamento da sua mais
recente obra poética intitulada "Poemas do Próximo Livro", em
homenagem às culturas e línguas da Macaronésia e apresentada numa versão
trilíngue, português, língua cabo-verdeana/crioulo e castelhano/espanhol.
Nascido
em Lisboa, com nacionalidade cabo-verdiana, Henrique Levy viveu em diversos
países da Europa, Ásia, África e América. Reside na ilha de São Miguel, nos
Açores.
É
autor de seis romances, "Cisne de África" (2009), "Praia -
Lisboa" (2010), "Maria Bettencourt: diários de uma mulher
singular" (2019), "Segredo da Visita Régia aos Açores" (2020),
"Memórias de Madre Aliviada da Cruz" (2021) e "Vinte e Sete
Cartas de Artemísia" (2022).
Publicou
sete livros de poesia, “Mãos Navegadas” (1999); “Intensidades” (2001); “O
silêncio das Almas” (2015); “Noivos do Mar” (2017); “O Rapaz do Lilás” (2018),
“Sensinatos” (2019) e “Poemas do Próximo Livro” (2022).
Editou,
em co-autoria com Ângela de Almeida, em 2020, o livro de poemas, “Estado de
Emergência”. Editou e anotou " A Sibylla" - versos philosophicos
(2020) de Mariana Belmira de Andrade, cuja 1ª edição data de 1884.
Tem
contos, poemas e ensaios literários publicados em jornais, revistas e
antologias. Coordena a Nona Poesia, a única editora açoriana dedicada
exclusivamente à poesia. Dulcina Mendes – Cabo Verde in “Expresso
das Ilhas”
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