Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Portugal - Escritor luso-cabo-verdiano vence prémio Literário Natália Correia 2022


O escritor luso-cabo-verdiano Henrique Levy é o vencedor do prémio Literário Natália Correia 2022, cujo resultado foi anunciado no último sábado, 3 de Setembro

Neste ano de 2022, este prémio foi atribuído ao poeta e romancista Henrique Levy com a obra "Vinte e Sete Cartas de Artemísia", um romance epistolar.

Segundo uma informação partilhada por Ana Aguiar de Pina, o júri do prémio Literário Natália Correia, instituído pela Câmara Municipal de Ponta Delgada (Portugal) decidiu por unanimidade atribuir, no ano de 2022, o prémio supracitado, na modalidade de narrativa, à obra intitulada "Vinte e Sete Cartas de Artemísia", assinada com o pseudónimo Gertrudes Magna, da autoria de Henrique José de Aguiar Fonte Leandro dos Santos Levy.

Para o júri a obra "Vinte e Sete Cartas de Artemísia" constitui um romance notável pela originalidade de escrita e de pensamento, em que se cruzam inquietação e sabedoria nas indagações respeitantes à condição humana.

“Através de um estilo singular e de marcante opulência literária, a narrativa percorre domínios invulgares na linguagem e no imaginário, que conduzem a protagonista a universos multifacetados sem jamais se prejudicar a coesão da estrutura global da narrativa”, refere.

E que a arquitetura formal deste romance revela-se de uma sensibilidade surpreendente aos caminhos do romance contemporâneo, “deixando-se atrair pela impureza criadora que o género tem desenvolvido nos últimos tempos, ao ousar transgredir convenções para explorar todo um território em que a literatura se abre à epistolografia, à poesia, ao ensaio filosófico e à História”.

Conforme a mesma fonte, o prémio Literário Natália Correia é internacional e é destinado às obras originais e inéditas, redigidas em língua portuguesa.

Henrique Levy foi convidado e participou na 4ª edição do Festival de Literatura-Mundo do Sal, em Junho último, ocasião em que se fez na Praia o lançamento da sua mais recente obra poética intitulada "Poemas do Próximo Livro", em homenagem às culturas e línguas da Macaronésia e apresentada numa versão trilíngue, português, língua cabo-verdeana/crioulo e castelhano/espanhol.

Nascido em Lisboa, com nacionalidade cabo-verdiana, Henrique Levy viveu em diversos países da Europa, Ásia, África e América. Reside na ilha de São Miguel, nos Açores.

É autor de seis romances, "Cisne de África" (2009), "Praia - Lisboa" (2010), "Maria Bettencourt: diários de uma mulher singular" (2019), "Segredo da Visita Régia aos Açores" (2020), "Memórias de Madre Aliviada da Cruz" (2021) e "Vinte e Sete Cartas de Artemísia" (2022).

Publicou sete livros de poesia, “Mãos Navegadas” (1999); “Intensidades” (2001); “O silêncio das Almas” (2015); “Noivos do Mar” (2017); “O Rapaz do Lilás” (2018), “Sensinatos” (2019) e “Poemas do Próximo Livro” (2022).

Editou, em co-autoria com Ângela de Almeida, em 2020, o livro de poemas, “Estado de Emergência”. Editou e anotou " A Sibylla" - versos philosophicos (2020) de Mariana Belmira de Andrade, cuja 1ª edição data de 1884.

Tem contos, poemas e ensaios literários publicados em jornais, revistas e antologias. Coordena a Nona Poesia, a única editora açoriana dedicada exclusivamente à poesia. Dulcina Mendes – Cabo Verde in “Expresso das Ilhas”



 

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