Para Paula Bianchi
Ela nasceu lilás & outras mulheres, recentemente publicado pela Editora Podes - Mossoró, RN, em
2024, surge como suplemento à literatura escrita por mulheres sobretudo
daquelas escritoras nascidas na década de 70 do século passado. A autora Leila
Maria de Araujo Tabosa, doravante Leila Tabosa, nasceu em Fortaleza, capital do
Ceará, no ano de 1978. Teve infância e adolescência marcadas pela
vulnerabilidade na periferia de Fortaleza e pela
ausência física da mãe, que, no ano de 1985, foi à capital de São Paulo em
busca de melhores condições de vida, deixando a filha sob o cuidado de avó
natural e da avó afetiva, bem como sob apoio de tias e madrinhas. O pai, fisicamente
próximo, mas retraído e alcoólatra, se insere
também neste mosaico familiar de Leila Tabosa. Do relacionamento amancebado do pai, mestre de obras, com a mãe, que foi
operária, não houve outros descendentes, e a relação entre os dois, enquanto
juntos na primeira infância da escritora, foi
caracterizada, preponderantemente, pelo contexto da violência doméstica, física
e simbólica.
Contudo, residente no
bairro Antônio Bezerra, antes bairro Barro Vermelho, Leila Tabosa experimenta
também a solidariedade e a amizade de muitos e, na escola, se destaca
como estudante talentosa nas artes, nas danças, no
teatro e na literatura. É deste cenário de (des)esperança que a maior parte dos
textos de Ela nasceu lilás & outras
mulheres faz referência. Partindo do corpo-experiência de si, a autora reconstrói
por meio de acréscimos e ficções enredos marcados
pela memória, por abandonos, por medos, por violências e, no seu oposto, pela
esperança. Sobrevivente de seu meio, Leila Tabosa, como autora, deixa o bairro cearense no final da adolescência, conhece o Teatro Oficina em São
Paulo, termina o ensino médio pelo supletivo, volta ao residir no nordeste
brasileiro e migra para o RN, mas agora na cidade do Natal, onde conclui o ensino
superior, o mestrado e o doutorado em Letras por uma universidade pública
brasileira. Atualmente, Leila Tabosa é docente pesquisadora na área de Letras
da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN - instituição na qual exerce também atividades ligadas ao teatro, e, na
vida social e política, se considera uma pessoa engajada sobretudo na
transformação social, ideológica e cultural das mulheres. Com habitação fixa em
Mossoró, RN, Leila, reconhecida publicamente como cidadã mossoroense a partir
do presente ano, também ama os gatos.
A obra Ela nasceu lilás
& outras mulheres traz um conjunto de 16 textos ficcionais curtos que
têm, como pano de fundo, vários cenários onde as mulheres aparecem em situações
extremas de violência nas quais esses corpos, subalternizados, são postos em
evidência diante de escaladas de terror, de abusos e de abandonos. Por outro
lado, a maior parte dos textos presentes no livro é conduzida e amparada por
narradoras-mulheres ternas e solidárias, ora por mulheres-testemunhas ora por
mulheres-protagonistas, que, ao fim e ao cabo, apontam tanto para um caminho redentor, de afeto e de justiça às mulheres quanto à denúncia e à conscientização das
mulheres-leitoras e, por extensão, do público em geral às variadas formas de
violências pelas quais as mulheres pobres nordestinas experimentaram. Presas às
condições insalubres existentes na periferia de uma grande cidade nordestina,
com destaque sobretudo à violência de gênero, o livro de Leila Tabosa traz à
tona as vozes de muitas mulheres invisibilizadas, fraturadas e esquecidas. Esse
sucesso narrativo foi, a nosso ver, resultado da perspectiva de gênero tão
muito bem explorada, através de suas narradoras ficcionais. Com raríssimas
exceções, a voz narrativa em Leila Tabosa se impõe por uma narradora que constrói
o enredo a partir de si mesma, atestando o lugar de
fala, bem como a reivindicação ao direito à fala.
Uma geração de
escritoras latino-americanas, no século XXI, pode ter em comum essa preocupação
em problematizar, no presente, a representação de sujeitos numa
territorialidade que não é vista nem pela perspectiva dos universalismos, de
pressupostos claramente ocidentais, nem pelos particularismos, de pressupostos
ideológicos ligados à ideia de nacionalidade. No espaço da (pós)colonialidade
do nosso século, dois campos de representação foram (e são) constitutivos da herança
literária num jogo de binarismos que tende a se
perpetuar. Contudo, existe uma zona "gris" (cinza), onde a
representação do sujeito não é capturada. Nesse local físico e também simbólico
do social e da subjetividade, da cultura e da ideologia, esses sujeitos,
desinvestidos de identidade, os subalternos
para Spivak (2010; 2019; 2020), não são, de fato, visibilizados pela
representação política e nem pela retórica artística. O que essa nova geração
de escritoras traz, e isso se aplica como extensão ao texto literário de Leila
Tabosa, é o projeto literário coletivo de mulheres de representar sujeitos na
sua tipicidade extrema, ou seja, em seus modos "vivíveis" e
"possíveis".
Nesse espaço do
não-visto/ignorado ou, como denominou Frantz Fanon (2008; 2020), nessa zona do
não-ser, Leila Tabosa narra subjetividades nas quais vão se constituindo na
medida que se relacionam com a própria territorialidade e com a suposta
cidadania outorgada, o que vai implicar num novo modo de ler esses espaços e
essas subjetividades, apontando, assim, para um deslocamento que se alarga, na
medida em que dialoga com outras narrativas ficcionais do presente e que também
pode ser recuperada em ficções de outras escritoras mulheres da literatura
brasileira do século XX. Leila Tabosa é corpo-escritora-ficção em seu livro, no
livro existe essa transitividade, algo que podemos encontrar na literatura de
Carolina Maria de Jesus, em Conceição Evaristo e também em Clarice Lispector. A
experiência da própria autora nesse espaço de referência de sua ficção lhe
permite testemunhar e questionar, como essas escritoras, bem como o fez Primo
Levi na ficção-testemunho, a vulnerabilidade do humano.
Na América Latina, essa
literatura escrita por mulheres em contextos de vulnerabilidade e violência
ganhou grandioso impulso nos últimos tempos. É possível citar algumas escritoras e suas obras mais recentes, tais
como a argentina Dolores Reyes (1978) com Cometierra
(2019); como a mexicana Guadalupe Nettel (1973) com Los divagantes (2023); como a guatemalteca Regina José Galindo
(1974) com La nación más mala del mundo (2022);
como a peruana Claudia Salazar Jiménez (1976) com La sangre de la aurora (2013); como a argentina Samanta Schweblin
(1978) com Distancia de rescate (2014);
e a brasileira Ana Paula Maia (1977) com De
cada quinhentos uma alma (2021). A lista de autoras e obras é enorme, elas,
segundo Paula Bianchi, tematizam e problematizam, na contemporaneidade, as
subjetividades em territorialidades que se instauram em face de uma condição
jurídica/não-jurídica e de uma condição também afetiva/não-afetiva. Isso posto,
Ela nasceu lilás & outras mulheres consiste
nessa tradução nordestina, de expressão cearense, e atualização da situação de tantas "outras mulheres" do
Continente.
O que podemos encontrar em comum em todas essas narrativas é, com
certeza, a centralidade do corpo feminino como fronteiras de um território em
disputas, onde a dominação masculina aparece de forma expressiva em camadas de
significações, partindo de situações cotidianas típicas até atingir a expressão
mais nua e crua da violência sexual: “Expressar que se tem nas mãos a vontade
do outro é o telos ou finalidade da violência expressiva. Domínio,
soberania e controle são seu universo de significação” (SEGATO, 2005, p. 271).
Quando Leila Tabosa estabelece uma relação intertextual de variadas formas com
a literatura feita na América Latina, cuja subjetividade se ancora
no corpo feminino, sua literatura vai além da
expiação de seus próprios traumas, e passa a reivindicar uma postura estética e
política legítima, transnacional e de diluição geopolítica, o que a torna,
através de seu livro de ficção de estreia, num escritora brasileira das mais
relevantes e necessárias da atualidade.
Ela nasceu lilás &
outras mulheres está localizado numa
cartografia diante da "modernidade", mas fora dela. Modernidade
entendida aqui na acepção de Aníbal Quijano (2005a; 2005b), como elemento que
se instituiu a partir da colonização, e que cria zonas de instabilidades,
reações, misturas e assimilações, que o mesmo intelectual peruano considera
"colonialidade", ou seja, a parte integrante, sombria e necessária à
homologação da modernidade. Nesse sentido, o livro de Leila está dentro da
colonialidade, numa zona não homologada, onde as leis da modernidade não se
aplicam. Ademais, o espaço da colonialidade não é homogêneo, pois há nesse
espaço variados arranjos e hierarquias na vida social, política e cultural. A
colonialidade pode ser experimentada de formas distintas, dependendo do grau de distância ou proximidade às fronteiras da
modernidade. Como ilustração, podemos didaticamente arrolar que há pelo menos
três grupos de subjetividades na colonialidade: um grupo de corpos
paracoloniais, um de corpos pós-coloniais e um grupo de corpos
(neo)colonizados. Essas categorias são vistas como dominantes nos grupos de
corpos da colonialidade, e não como características em absoluto.
Os corpos paracoloniais
correspondem aos comportamentos e produções subjetivas de sujeitos
supranacionais, que transitam entre os espaços da modernidade e da
colonialidade, e podem reivindicar uma literatura-mundo; os corpos
pós-coloniais são caracterizados pelo discurso da localidade, sobretudo como
sínteses entre universais
e particulares, e podem reivindicar um
literatura nacional; e os corpos (neo)colonizados são basicamente os corpos de
uma colonialidade mais restrita, marcados sobretudo pela "colonialidade
interna", na acepção de Casanova (2007). Dos espaços da colonialidade,
esses últimos corpos sofrem uma dupla oclusão:
não são homologados pela modernidade e não são homologados pelas outras
colonialidades, no sentido que a atribuímos um pouco mais acima. Em outras
palavras, o território dos corpos (neo)colonizados compreende o espaço por
excelência da necropolítica, na acepção de Achille Mbembe (2020). Trata-se de
um lugar onde a identidade não é reconhecida, um lugar onde as leis da
cidadania não têm validade, um lugar onde o afeto é artigo de luxo. E a
literatura de Leila Tabosa é, na espacialidade da narrativa, bem como na
perspectiva discursiva da autora, um grande exemplo de uma literatura que surge
deste (último) lugar.
Esse território (des)interessado, (des)organizado e
(des)humanizado tanto pela política internacional hegemônica - geopolítica da
colonialidade - quanto pelo Estados Nacionais - colonialismo interno-, constitui
um lugar de contingências e de reservas, sem fronteiras objetivamente bem definidas,
um espaço "baldio", como bem observou Paula Bianchi ao tratar das
recentes escritoras latino-americanas:
En
este sentido, el "baldío" irrumpe como una categoría crítica que
propongo a partir de leer noticias donde las desapariciones y los cadáveres de
mujeres, de trans, de niñes, de migrantes, de negros, de marrones, de mestizos,
de indios, de campesinos, de disidentes sexuales y de vulnerables son
frecuentemente descartados en un espacio baldío, a la intemperie rodeados de
basuras y restos u ocultados para siempre en alguna zona inexplorable. La
espacialidad baldía (física, afectiva, geopolítica) socava los cuerpos y
delinea subjetividades en varios personajes de textos literarios del presente. (BIANCHI, 2023, p.
89)
Esse local, ou seja,
esse campo baldio representado pela literatura, questiona também a autoridade
da literatura escrita - a "necroescrita" na perspectiva da mexicana
Cristina Rivera Garza (2019) -, pois vinculada ao território circunscrito à colonialidade
dos corpos (neo)colonizados. Partindo da ideia de um terreno baldio, para
depois constituir numa metáfora, temos um lugar de contingências, onde os corpos e as coisas não viventes são ali
descartados, onde o lixo e as pessoas convivem, onde tudo está em estado de
desomologação: um monitor de computador em pane, uma cadeira sem um dos pés,
corpos de bichos mortos, ratos, fossas abertas, erosões, pessoas deslocadas,
paternidades não reconhecidas, estupros coletivos, vigaristas, desempregados,
desassistidos pelo Estado, descartes de cadáveres humanos, abandonados afetivos e inválidos físicos e mentais. Tudo e
todos sem homologação. São só restos, estoques sem quaisquer valores. É,
portanto, compreensível que as visões que partem deste lugar sejam visões
distópicas e sem esperança: as subjetividades do lugar não cooperam para uma
perspectiva heroica ou romântica, e ter sobrevivido não significa salvação, mas
a dor ética de ter que dizer e continuar a existir.
O que torna a literatura
de Leila Tabosa possível é, em contrapartida, a energia criativa
"lilás" que emana de sua narração. O poder de criação e de imaginação
solapa a desesperança, o desafeto, o abandono, a violência física, simbólica e jurídica no campo baldio. No livro, os corpos baldios são, um a um,
recuperados, homologados/legitimados pela literatura e, quando não é possível
essa recuperação, eles são pelo menos lembrados e amados. Sem aqui pretender
informar os enredos que compõem o livro, vamos rapidamente comentar algumas
passagens da ficção da autora nas quais esses corpos baldios aparecem
transfigurados em vários tons de lilás, metáfora poética visual que, a nosso
ver, melhor caracteriza a unidade desse livro.
Essa senha para a leitura do livro aparece, inclusive, no título da própria
obra, e será por esse caminho que vamos tecer nossa panorâmica leitura.
A hora lilás extravasa
sobre o campo baldio. No meio às violências aos corpos de dentro dos corpos, a
vida busca uma saída. O roxo, a violeta ou o lilás são marcas da violência
sobre a carne, hematomas vergonhosos e criminosos que indicam que por ali há agressores,
que por ali o assassino está sempre a rondar. O roxo denuncia, o roxo
sentencia... a necropolítica é totalitária. Como magia, a consciência de vida
brota no ainda-feto, no choro quase-corpo. Leila, através da literatura,
consegue ir no ponto mais íntimo da vida, faz um feto ter consciência de morte,
algo que somente nas crianças que tiveram abrigo e amor ao redor de si são
capazes de perceber à hora, por exemplo, de seu pet tão querido falecer. Em
estado pré-maturo, o quase-corpo toma a consciência de que os corpos são
morríveis, e, como medida de proteção, a memória do afeto aparece dramática por
uma consciência fincada à hora da morte, da violência desmedia. O livro de
Leila tem essa faculdade de lembrar a dor e a vontade de viver de um quase-ser
(feminino) que, ao ser visto pela primeira vez como corpo, apresenta-se já na
sua condição lilás: "Vi minha mãe com o rosto roxo como meu corpo, mas
ainda mais. Nasci mulher!" (TABOSA, 2024, p. 24).
O livro Ela nasceu lilás & outras mulheres traz
uma amostra literária de corpos femininos em variados tons de lilás. São corpos
lilases de mulheres pobres grávidas, de meninas de feira; de crianças a brincar
de pedras; de memórias infantis afetivas; de mães doentes e combalidas; de
crianças excêntricas; de mulheres que exercitam a sororidade e a dororidade; de
adolescentes em busca de um ideal construtivo por meio da escola e das artes;
de aprendizagem sexual feminina em espaços considerados inadequados; de fugas,
alucinações e incompreensões; de sonhos e idealizações; de acusações e pedidos
de justiça; de denúncias de insalubridade e outros abandonos; de resistências e
recomeços; e de superação e esperanças: "Ah, e como queria ser uma
equilibrista declarada da periferia, uma heroína de todos os invernos que
independente da minha condição de miséria, eu teria o respeito dos meus por ser
ponte-esperança para o futuro." (TABOSA, 2024, p. 109).
Enfim, é bem possível
que esse livro de ficção acompanhe a própria cronologia de vida e de
experiência da autora, pois se inicia com a gravidez, passando pela infância,
pela adolescência até chegar à fase adulta das personagens, ainda que essas
histórias não tenham uma relação direta entre si na obra. O que mais aproxima as personagens no livro, como já salientamos na parte inicial
desse texto, é o campo baldio, e o que mais aproxima a autora do livro a suas
personagens, é o cordão umbilical lilás amarrado subjetivamente a todas as
trajetórias de vida de personagens de relevo literariamente representadas, pois
a autora, confessadamente, vem do mesmo campo baldio, e agora, sobrevivente,
com essa obra, assumiu o desejo ético-estético de contar. Leila denuncia o
"espaço cego" de nossa colonialidade, aquele espaço esquecido tanto
pelas zonas de conforto da cidade quanto pelas políticas públicas do Estado. Ela nasceu lilás & outras mulheres é
complemento fundamental à literatura feita por mulheres contemporâneas na
América Latina, e constitui, por isso, num exercício literário consistente na
homologação do ser. Sebastião Cardoso - Brasil
Referências
BIANCHI, Paula Daniela. "Escritoras latinoamericanas:
ficciones de (des)esperanzas del siglo XXI". Revista Paralelo 31, Pelotas,
n. 20, junho 2023.
CASANOVA, Pablo González. “Colonialismo interno (uma redefinição)”. In A
teoria marxista hoje: problemas e perspectivas. Buenos Aires: CLACSO,
Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, 2007.
FANON, Frantz. Os condenados da terra. Minas
Gerais: Editora UFJF, 2008.
FANON,
Frantz. Peles negras, máscaras brancas. São Paulo: Ubu Editora, 2020.
MBEMBE, Achille. Necropolítica:
biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. São Paulo: N-1
Edições, 2020.
QUIJANO, Aníbal. "Colonialidade do poder, eurocentrismo e América
Latina". In LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber:
eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas
latino-americanas. Argentina: Colección Sur Sur, CLACSO, Ciudad Autónoma de
Buenos Aires, 2005 [a].
QUIJANO, Aníbal. "Dom Quixote e os moinhos de vento na América
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RIVERA
GARZA, Cristina. Los muertos indóciles. Necroescrituras y desapropiación.
Ciudad de México: Penguin Random
House, 2019.
SEGATO, Rita Laura. "Território, soberania e crimes de
segundo Estado: a escritura nos corpos das mulheres de Ciudad de Juarez".
Revista Estudos Feministas, Florianópolis, n. 13, vol. 2, maio-agosto
2005.
SPIVAK, Gayatri. "Prefácio a sobre
a violência". In DOMINGUES, Camilo José. “Fanon, violência, gênero:
tradução de Preface to concerning violence (SPIVAK).” Revista África e
Africanidades, Rio de Janeiro, Ano XIII, n. 35, agosto 2020.
SPIVAK, Gayatri. "Quem reivindica a alteridade?" In BUARQUE DE
ALMEIDA, Heloisa (org) Tendências e Impasses – O feminismo como crítica da
cultura. Rio de Janeiro, Editora Bazar do Tempo, 2019.
SPIVAK, Gayatri. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora
UFMG, 2010.
TABOSA, Leila. Ela nasceu lilás & outras mulheres. Textos de apresentação de Daiany Dantas, Verônica Aragão, Araceli Sobreira. Mossoró, RN: Editora Podes, 2024.
__________________________
Ela nasceu lilás & outras mulheres, de Leila Tabosa, com textos de apresentação de Daiany Dantas, de
Verônica Aragão e de Araceli Sobreira. Mossoró, Editora Podes, R$ 35,00, 112
páginas, 2024.
Site da editora: https://www.podeseditora.com.br/
E-mail da autora: leilatabosa@uern.br
_____________________________________
Sebastião Marques Cardoso (1974),
professor universitário, pesquisador e crítico literário. Doutor em Teoria e
História Literária (UNICAMP – Brasil). Docente do Departamento de Letras
Estrangeiras (DLE), do Programa de Pós-graduação em Letras (PPGL) e do Programa
de Pós-graduação em Ciências da Linguagem (PPCL), da Universidade do Estado do
Rio Grande do Norte (UERN). Desde 2020, presidente e sócio fundador da PODES –
Associação de Estudos Pós-coloniais e Decoloniais no Ensino, na Cultura e nas
Literaturas Sul-Sul. Membro da Rede Internacional de Pesquisadores de
Literatura Comparada (REDILIC), da Faculdade de Humanidades e Educação, da
Universidade de Los Andes, em Mérida – Venezuela. Foi Leitor brasileiro em
Guiné-Bissau, pelo MRE/CAPES, no ano de 2009, e assessor científico da Universidade
Lusófona da Guiné (ULG, antes Universidade Amílcar Cabral). Foi, em 2023, professor visitante na Universidade dos Andes (ULA),
Mérida, Venezuela (Doctorado en Letras, del Instituto de Investigaciones
Literarias Gonzalo Picón Febres de la Facultad de Humanidades y Educación).
Autor dos livros Oswald de Andrade: anti-heroísmo, literatura e crítica (Curitiba,
Editora CRV, 2010), João do Rio: espaço, técnica e imaginação literária
(Curitiba, Editora CRV, 2011) e outros. E-mail:
sebastiaomarques@uol.com.br
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