Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 30 de julho de 2024

África do Sul - UNESCO inclui locais relacionados a Mandela à lista de Património Mundial

Este fim-de-semana, a UNESCO acrescentou à sua lista de Património Mundial o local onde ocorreu um massacre do apartheid e um povoado onde Nelson Mandela cresceu, além de outros pontos sul-africanos fundamentais na luta que pôs fim ao domínio da minoria branca.


Nelson Mandela, que morreu em 2013 com 95 anos, foi o primeiro presidente negro da África do Sul, quatro anos após a sua libertação. O líder ficou preso por 27 anos, especialmente em Robben Island, em frente à Cidade do Cabo.

Um dos lugares agora incluídos na lista fica em Sharpeville, na província de Transvaal, onde em 1960 a polícia matou 69 manifestantes negros, incluindo crianças, um acontecimento que levou o governo do apartheid a proibir o Congresso Nacional Africano, actualmente no poder.

A aldeia isolada de Mqhekezweni, onde Mandela passou grande parte de sua infância e juventude, na província do Cabo Oriental, também entrou na lista do Património da Humanidade da organização das Nações Unidas. Na sua autobiografia “A Long Walk to Freedom”, o presidente popularmente conhecido como Madiba explica que ali nasceu o seu activismo político.

Os 14 lugares foram reagrupados sob o título “Direitos Humanos, Libertação e Reconciliação: locais de memória de Nelson Mandela”. Na lista, também está incluída a Universidade de Fort Hare (Cabo Oriental), onde Mandela estudou, e os Edifícios da União, situados em Pretória, capital do país, onde tomou posse como o primeiro presidente eleito pelo sufrágio universal, em 1994.

“Felicito a África do Sul pela inscrição destes locais de memória que testemunharam não só a luta contra o apartheid, mas também a contribuição de Nelson Mandela para a liberdade, os direitos e a paz”, declarou a directora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay.

“Vinte e cinco anos após a inscrição de Robben Island na Lista como Património Mundial da UNESCO, esta nova inclusão garante que a herança da libertação da África do Sul e os valores que ela incorpora serão transmitidos às gerações futuras”, acrescentou Azoulay.

A inclusão destes lugares foi decidida durante a reunião que a UNESCO realizou em Nova Delhi, onde também foi aprovada a inclusão de três locais sul-africanos importantes para a compreensão das origens da humanidade. Situados nas províncias de Cabo Ocidental e KwaZulu-Natal, estes lugares “abrigam registos mais variados e mais bem conservados sobre o desenvolvimento do comportamento humano moderno, que remontam a 162 mil anos”, segundo a UNESCO. In “Jornal Tribuna de Macau” – Macau com “Agências Internacionais”


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