Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 4 de julho de 2024

Macau - Festival da Lusofonia estendido para dois fins-de-semana

A 27ª edição do Festival da Lusofonia vai ter dois fins-de-semana consecutivos. O programa, ainda em esboço, foi transmitido às associações habitualmente presentes no evento. A organização da festa popular, a cargo do Instituto Cultural, irá trazer 10 artistas lusófonos, alguns dos quais de renome, que serão divididos pelos dois períodos do festival. O primeiro será entre 25 e 27 de Outubro e o segundo entre 1 e 3 de Novembro. O Jornal Tribuna de Macau sabe também que o “6º Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, decorrerá em simultâneo com o Festival da Lusofonia


Começa a delinear-se o figurino do Festival da Lusofonia de 2024, com a novidade de que este ano a festa decorrerá em dois fins-de-semana consecutivos, ao contrário do que acontecia anteriormente. O primeiro período será entre 25 e 27 de Outubro e o segundo entre 1 e 3 de Novembro, segundo apurou o Jornal Tribuna de Macau.

Serão, por isso, seis dias de festa, onde não faltarão, como habitualmente, actuações musicais, jogos populares, matraquilhos, bem como “barraquinhas” de comida e bebida e “stands” com artesanato e outros artigos representativos dos países ou regiões de expressão portuguesa.

Este jornal sabe também que virão ao território 10 artistas oriundos de países ou regiões lusófonas, cujos nomes ainda não são conhecidos, uma vez que os contactos se encontram em fase inicial. No entanto, há a certeza da vinda de uma banda portuguesa de topo, ou seja, que se tenha destacado nos últimos tempos no panorama da música em Portugal, funcionando como “cabeça-de-cartaz” num dos fins-de-semana do festival, o mesmo acontecendo com um grupo ou cantor de renome, de outro país lusófono, no segundo fim-de-semana.

Os restantes não são considerados os principais cartazes da festa, mas contribuirão igualmente para atrair muitos dos visitantes ao anfiteatro das Casas Museu durante as noites em que actuarão, provavelmente com casa cheia como tem acontecido nas edições anteriores do Festival da Lusofonia.

Entre esses artistas, é intenção da comissão organizadora trazer três ou quatro bandas.

Para além disso, a aposta do IC nos artistas locais vai continuar a ser forte, prevendo-se este ano a presença de cerca de 35 grupos. Recorde-se que foram estes artistas radicados em Macau, de várias nacionalidades, que “seguraram”, com elevada qualidade, a parte musical do festival nos anos de pandemia. Durante três anos, a festa lusófona não recebeu artistas do exterior por causa das restrições impostas pelas autoridades.

A partir do ano passado o evento voltou a ter grupos vindos do mundo lusófono, destacando-se, como “cabeça-de-cartaz”, o cantor Carlão, de entre três artistas convidados pela organização. Este ano serão 10 no total, cinco em cada um dos fins-de-semana.

Evento contribui para chamar turistas

O Instituto Cultural (IC), responsável pela organização, teve já uma primeira reunião com representantes das várias associações que participam na festa, tendo sido divulgados alguns pormenores do Festival para que os grupos lusófonos do território possam começar, a pouco mais de quatro meses de distância, a pensar na configuração dos seus “stands” que serão instalados na zona das Casas da Taipa.

O IC disse aos dirigentes associativos que “são eles os principais organizadores do festival”, porque “a sua participação é que torna este evento tão popular” junto do público de Macau e “chama turistas” da China e de Hong Kong, principalmente, numa altura do ano propícia a actividades ao ar livre.

A enorme popularidade do evento, que vai atingir 27 anos de realização no território, tendo sido inaugurado em 1998 (um ano antes da passagem da soberania de Portugal para a República Popular da China), levou assim a que o IC tivesse decidido alargar os dias do evento, proporcionando mais tempo aos visitantes.

Enquanto isto, e ao contrário do que aconteceu em anos anteriores, outro evento dedicado à lusofonia, o “6º Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, irá desta feita realizar-se em simultâneo com o Festival da Lusofonia.

Segundo o JTM apurou, os 10 artistas acima referidos irão ser “rentabilizados” para actuar em espectáculos destinados à comunidade, alguns dos quais se realizarão nas quintas-feiras das semanas do Festival da Lusofonia, ou seja, a 24 e 31 de Outubro, para além de exibições ao sábado e domingo à tarde. Os espaços escolhidos são, para já, o Bairro Iao Hon, as Ruínas de São Paulo e a Feira do Carmo na Taipa.

Ao contrário do Festival da Lusofonia, que terá 10 países ou regiões de língua e expressão portuguesa, o Encontro junta também a China, como já aconteceu nas edições passadas. Vítor Rebelo – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”


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