Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 31 de julho de 2024

Moçambique - Conferência promove mais de 50 bolsas de contactos entre China e PALOP

A Conferência de Promoção de Investimento de Macau-Hengqin 2024, realizada em Moçambique, reuniu mais de 120 empresários e especialistas, promovendo mais de 50 sessões de bolsas de contactos. O objectivo foi de explorar sinergias económicas e comerciais, reafirmando Macau como uma plataforma estratégica para conectar a China e os países lusófonos. O encontro visa inserir Moçambique no dinamismo comercial da região de Guangdong, abrindo novas possibilidades para o desenvolvimento sustentável e a inovação das duas regiões


Macau e Hengqin realizaram recentemente um evento inovador nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). A Conferência de Promoção de Investimento de Macau-Hengqin 2024 ocorreu na segunda-feira, dia 29 de Julho, em Moçambique, e promoveu mais de 50 sessões de bolsas de contactos entre as regiões. Este evento destaca-se como uma “plataforma valiosa para a troca de experiências e para a busca de novas oportunidades de negócios”, descreveu a entidade co-organizadora, o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento (IPIM). É a primeira vez que uma delegação conjunta de Macau e Hengqin se deslocam aos PALOP, com o objectivo de realizar a captação conjunta de investimentos para a região.

Durante esta conferência, mais de 120 empresários e representantes de diferentes sectores industriais e comerciais reuniram-se para discutir a colaboração económica entre Macau, Hengqin e Moçambique. O evento centrou-se na exploração de recursos, na sinergia industrial e na cooperação comercial, reflectindo a intenção de fortalecer o desenvolvimento conjunto de Macau e da Zona de Cooperação Aprofundada em Hengqin. A criação das bolsas de contacto conferiu uma grande dinâmica ao evento, proporcionando oportunidades concretas de interação entre as empresas participantes, referiu o IPIM.

O desenvolvimento conjunto de Macau e Hengqin oferece um palco promissor para investidores internacionais, especialmente num momento em que a iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” e a construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau estão em destaque. A Conselheira da Sessão Económica e Comercial da Embaixada da China em Moçambique, Xu Weili, enfatizou a importância de explorar as oportunidades de negócios nesta colaboração, que promete trazer benefícios mútuos, ao alinhar os conhecimentos e os recursos de ambas as regiões.

O director-geral da APIEX, Gil da Conceição Bires, sublinhou que, “enquanto Macau e Hengqin apresentam um ambiente de negócios avançado, Moçambique oferece recursos agrícolas ricos e uma localização marítima estratégica. Esta combinação tem o potencial de ser extremamente vantajosa para ambos os lados, com perspectivas de reforçar a capacidade inovadora das empresas e estimular a cooperação económica”.

A conferência também enfatizou a importância do “emparelhamento” e do intercâmbio presencial entre empresas chinesas e moçambicanas. Sessões de contacto permitiram a troca de experiências e a identificação de potenciais parcerias, destacando a capacidade de Macau e Hengqin de servir como plataforma entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Esta abordagem prática e orientada para resultados “é fundamental” para estabelecer um relacionamento comercial sólido e sustentável, segundo os organizadores.

Além disso, durante a estadia em Moçambique, a delegação explorou a situação industrial local através de visitas a fábricas e zonas industriais, adquirindo uma compreensão aprofundada das políticas de investimento, do ambiente de negócios e o estado da economia. A intenção é não apenas tirar partido dos recursos dos PALOP, mas também alavancar as vantagens das empresas chinesas em temas como capital, tecnologia e gestão para esses países.

Segundo o IPIM, a Conferência de Promoção de Investimento em Moçambique representa um marco único na procura de investimentos por parte de Macau e Hengqin. Ao alargar o círculo de cooperação ultramarina e posicionar Macau como uma plataforma chave para a internacionalização, espera-se que as regiões envolvidas consigam criar um ambiente de negócios inovador, dinâmico e competitivo, alinhado com os padrões internacionais. Elói Carvalho – Macau in “Ponto Final”


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