Os Presidentes são-tomense e cabo-verdiano instaram todos os Estados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) a ractificarem o acordo multilateral da Segurança Social para complementar o processo de mobilidade e aproximar mais os países da comunidade
Segundo
o Chefe de Estado são-tomense, Carlos Vila Nova, que detém a Presidência
rotativa da CPLP, apenas Portugal e Timor-Leste ractificaram o acordo.
"Esses
dois acordos tocam-se reciprocamente, pois a mobilidade apela a um entendimento
compromissório com o capítulo da segurança social. Porque maior circulação
suscita naturalmente maiores questões de ordem social, seria desejável que o
ano não virasse sem que todos os Estados-membros concluíssem este processo de
ratificação a bem dos nossos compatriotas", disse Carlos Vila Nova,
durante o seu discurso no jantar de boas-vindas ao homólogo cabo-verdiano, na
terça-feira, de acordo com a Lusa.
"Temos
de fazer tudo para que os acordos de mobilidade, os acordos que têm a ver com a
segurança social e outros possam ser efetivamente cumpridos para aproximarmos
mais todos os países que integram essa nossa comunidade", complementou o
chefe de Estado cabo-verdiano, durante o seu discurso.
José
Maria Neves insistiu na temática durante o seu discurso na sessão solene na
Assembleia Nacional de São Tomé e Príncipe, especificando o caso dos antigos
trabalhadores agrícolas do período colonial em São Tomé.
"É
tempo de conjuntamente, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Portugal encontrarmos
formas de ressarcir aqueles que vieram como contratados (para São Tomé) e
fizeram os respectivos descontos ao sistema de segurança social", vincou o
chefe de Estado cabo-verdiano, granjeando aplausos do parlamento são-tomense.
Ainda
durante o jantar de boas-vindas, o Presidente são-tomense sublinhou que "a
democracia pluralista é condição de plena integração na CPLP" e que o
espírito democrático deve continuar a ser fortalecido "para que a CPLP não
retroceda".
O
Presidente de Cabo Verde destacou que "a CPLP é uma das comunidades
estratégicas do mundo, pela sua multiplicidade, pela sua diversidade".
"Nós
estamos em todas as regiões do globo e precisamos aproveitar mais essas
oportunidades para afirmar esta organização e afirmar cada um dos nossos
países", defendeu José Maria Neves.
As
alterações climáticas, questões de segurança, crises sanitárias, o desemprego,
as guerras geoestratégicas, as migrações, a expansão dos extremismos e dos
populismos em várias partes do mundo, foram preocupações sublinhadas pelos dois
estadistas, acrescenta. In “Jornal de Angola” – Angola com “Lusa”
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