O artista português Carlos Bunga apresenta uma série de desenhos inéditos, inspirados em momentos da sua infância, numa exposição que é inaugurada esta sexta-feira em Walsall, no Reino Unido
A
mostra a solo “Citizen of the world”, com curadoria de Zoë Lippett, estará
patente na The New Arte Gallery Walsall, cidade situada a cerca de meia hora de
carro de Birmingham, na região britânica de West Midlands.
De
acordo com informação disponível no ‘sítio’ oficial da galeria, a exposição
inclui “uma série de desenhos, nunca antes apresentados, inspirados pelas
experiências de infância de Carlos Bunga, de mudar-se entre casas frágeis e
temporárias, que muitas vezes colapsaram e desapareceram”.
A
acompanhar estes “poderosos trabalhos” está um filme criado há dez anos, no
qual é mostrado “o processo dinâmico do artista de apagar desenhos de edifícios
reais e imaginários para abrir caminho para novas criações”.
Segundo
a galeria, “Citizen of the world” é a “maior exposição a solo de Carlos Bunga
no Reino Unido” e “uma rara oportunidade de apreciar a sua ampla prática
[artística] em profundidade”.
Na
mostra são também apresentados desenhos mais antigos, numa “instalação
imersiva, composta por objetos domésticos familiares, transformados pelas
estruturas arquitetónicas de papelão que se erguem dos mesmos”.
No
âmbito da exposição, Carlos Bunga irá criar uma pintura de grande formato, para
um espaço envidraçado da galeria, virado para a rua, “incorporando galhos e
folhas apanhados nos arredores da casa do artista, entrelaçados na tinta da
casa”.
“Citizen
of the world” estará patente até 27 de outubro.
Carlos
Bunga, nascido no Porto, em 1976, e a viver atualmente em Barcelona, desenvolve
uma obra de intervenções em lugares escolhidos previamente, que modifica
através de materiais do quotidiano como papelão, tinta e fita adesiva.
O
seu trabalho é reconhecido pelas instalações de grandes dimensões, elaboradas
como estruturas arquitetónicas que muitas vezes destrói em performances, ou até
mesmo antes da abertura da própria exposição.
O
trabalho de Bunga tem sido exposto em museus e centros de arte internacionais
como o Museu de Serralves, no Porto (2012), o Museu Universitário de Arte
Contemporânea, na Cidade do México (2013), o Museu de Arte, Arquitetura e
Tecnologia, em Lisboa (2019), a Whitechapel Gallery, em Londres (2020), e o
Museu Nacional Rainha Sofia (2022), entre outros.
Carlos
Bunga formou-se na Escola Superior de Artes e Design (ESAD), nas Caldas da
Rainha, estudou também em Nova Iorque, e venceu o prémio EDP Novos Artistas em
2003. In “Bom dia Europa” - Luxemburgo
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