A praça de Artesanato é um dos pontos mais visitados pelos turistas que se deslocam ao município do Soyo, província do Zaire, sobretudo os que almejam levar uma recordação do país
No
mercado de artes, no município petrolífero do Soyo, trabalham cerca de 30
artesãos, que conseguem no local vender e promover os seus trabalhos
artesanais.
A
Praça de Artesanato fica aberta de segunda a sábado, das 9 às 15h00. Nestes
dias, registam-se números consideráveis de compradores, entre turistas e
moradores locais. Há, também, com regularidade, a presença de amantes das artes
que fotografam as novidades dos artesãos.
No
sábado passado, por exemplo, a equipa de reportagem do Jornal de Angola,
deparou-se com alguns dos compradores. João Jing, de nacionalidade chinesa,
olhava com encanto cada peça que encarava numa das bancadas no local, enquanto
recebia explicações do vendedor sobre cada detalhe da obra.
Alguns
minutos depois, João Jing fechou o negócio, não de uma, mas de cinco peças de
artesanato. As obras adquiridas foram, nomeadamente, "O Pensador”,
"Mwana Pwô”, "Pilão”, "Capa de Crocodilo” e "Mapa de
Angola”.
Logo
de seguida, um cidadão libanês, que preferiu manter o anónimo, apareceu no
mercado ansioso para adquirir uma peça. Após muito observar, o libanês escolheu
a "Mwana Pwô”.
O
estrangeiro disse estar em Angola a passeio, por isso quis adquirir um artigo
de forma a levar como recordação. O interlocutor afirmou que a peça vai servir
de lembrança não apenas do município do Soyo, como do país em si, pois como
declarou "tem a capacidade de encantar a qualquer estrangeiro”.
Por
outro lado, o artesão Estêvão Joana Cambua explicou que os dias mais
movimentados no mercado são os fins-de-semana. O artesão, que também é
responsável pela gestão da praça, sublinhou que nestes dias o local recebe a
visita de muitos cidadãos nacionais de outras províncias e estrangeiros.
Estêvão
Joana Cambua contou que a maioria dos vendedores ainda não está inscrita em
nenhuma Associação dos Artesãos, tanto a nível do município do Soyo, quanto da
província do Zaire. "A não inscrição se deve ao facto de no município, os
artistas ainda não terem discutido a questão”.
O
artesão Pedro António, que exerce a profissão há 17 anos, é o mais antigo na
praça. Em declarações ao Jornal de Angola, disse que para melhor execução das
peças adquire os materiais no município do Tomboco.
Proprietário
de um ateliê, situado no bairro Nkungu-Yengele, Pedro António revelou que a
procura de obras artesanais na praça tem oscilado. Mas, reconheceu que quando o
município alberga alguma actividade a nível provincial ou nacional, os artesãos
vendem muito.
O
artesão contou que, além da venda no mercado, tem executado obras por
encomenda. Pedro António explicou que vende a maior parte das suas obras na
praça de Artesanato, por ser o único lugar colocado à disposição dos artesãos.
Para
o artesão, o negócio seria mais rentável se houvesse um acordo entre os
Ministérios da Cultura e do Turismo, pois isto permitiria a venda de quadros em
hotéis, resorts e restaurantes, locais de permanência de turistas.
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