A Biblioteca Nacional, que controla mais de 100 mil títulos de autores nacionais e estrangeiros, tem apenas 16 funcionários contra os 78 previstos nos estatutos orgânicos da instituição. A direcção pede, pelo menos, 40% da força de trabalho prevista nos estatutos
A
falta de recursos humanos para melhor gestão das bibliotecas públicas está
entre os principais desafios daquelas instituições de conservação e promoção do
livro e da leitura, segundo Diana Afonso, directora-geral da Biblioteca
Nacional (BN), em entrevista, esta semana, ao Novo Jornal, no âmbito do Dia
Mundial das Bibliotecas, que se assinalou na passada sexta-feira, 01 de Julho.
A
responsável informou, por exemplo, que actualmente a maior biblioteca pública
do País, que controla mais de 100 mil livros, tem 16 funcionários, contra os 78
previstos no seu estatuto orgânico, uma realidade que tem criado vários
constrangimentos no seu funcionamento.
"Neste
momento, temos apenas 16 funcionários. O nosso estatuto orgânico prevê um
quadro de 78 trabalhadores, sendo que, se tivéssemos, no mínimo, 40% desse
número, já seria satisfatório", sublinhou Diana Afonso.
O
défice de quadro é uma realidade nas mais de 30 bibliotecas públicas existentes
em todo o território nacional. O ideal é que as bibliotecas funcionem com
diversos técnicos e especialistas, entre os quais se podem destacar auxiliares
administrativos e bibliotecários, cuja missão é classificar, conservar,
organizar, divulgar e gerenciar o acervo da biblioteca, facilitando a procura
por informação. Hélder Caculo – Angola in “Novo
Jornal”
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