No
âmbito da parceria da UCCLA com o Festival Lisboa 5L - Festival Literário de
Lisboa, o Centro Nacional de Cultura vai acolher no dia 6 de maio, pelas 17h30,
a apresentação do livro AA.VV. “Literatura e Cultura em Tempos de Pandemia”,
uma edição da UCCLA e com distribuição da Guerra e Paz Editores.
Poderá acompanhar a apresentação, online, através da página do Facebook da UCCLA em:
https://www.facebook.com/UniaodasCidadesCapitaisLinguaPortuguesa/
Na
ocasião irão intervir:
-
Vítor Ramalho, Secretário-geral da UCCLA;
-
Manuel Fonseca, Guerra e Paz Editores;
-
Rui Lourido, coordenador cultural da UCCLA;
-
Goretti Pina, poetisa de São Tomé e Príncipe em representação dos 75 autores.
Livro
“Literatura e Cultura em Tempos de Pandemia”
No
final de março de 2020 - e numa altura em que todos estávamos vulneráveis com o
aparecimento da Covid-19 e com esperança de melhores dias - a UCCLA lançou o
desafio aos escritores e agentes culturais de todos os países de Língua Oficial
Portuguesa para refletirem sobre a “Literatura e Cultura em tempos de
pandemia”. O desafio consistia na elaboração de textos (em prosa ou poesia) que
refletissem a forma como a pandemia estava a condicionar a vida de todos, de
uma forma geral.
Este
livro é, assim, o resultado das contribuições de 75 autores, a quem a UCCLA
muito agradece. Aceitaram o nosso desafio laureados com o Prémio Camões, como
Mia Couto ou Germano Almeida, assim como escritores que começam a afirmar-se no
domínio das letras. Foram, no total, 40 escritores e 35 escritoras, naturais
dos países de língua oficial portuguesa, a que se juntaram escritores da Galiza
e de Olivença (Espanha), Goa (Índia) e Macau (China).
Uma
edição da UCCLA, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, e com a chancela da
Guerra e Paz Editores.
De
entre as várias contribuições dos diversos autores, destacamos a mensagem de
Manuel Alegre, uma mensagem de esperança na capacidade de resistência à
pandemia, no poema que nos oferece, Lisboa Ainda:
“Lisboa
ainda
Lisboa
não tem beijos nem abraços
não
tem risos nem esplanadas
não
tem passos
nem
raparigas e rapazes de mãos dadas
tem
praças cheias de ninguém
ainda
tem sol mas não tem
nem
gaivota de Amália nem canoa
sem
restaurantes sem bares nem cinemas
ainda
é fado ainda é poemas
fechada
dentro de si mesma ainda é Lisboa
cidade
aberta
ainda
é Lisboa de Pessoa alegre e triste
e
em cada rua deserta
ainda
resiste.”
Manuel
Alegre
20
de março de 2020
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