A directora financeira da ANIMA adiantou ao Jornal Tribuna de Macau que a Fundação Macau decidiu ser mais flexível no que respeita à utilização do subsídio atribuído. Se inicialmente exigia que o dinheiro fosse aplicado apenas aos salários do pessoal, o organismo liderado por Wu Zhiliang disse agora à associação que pode também ser canalizado para as despesas com os animais. Kiko Ieong Im Fai referiu ainda que a ANIMA voltará às angariações de fundos, uma vez que este mês fica sem verbas para fazer face às despesas
A
Fundação Macau voltou atrás quanto à exigência feita à Sociedade Protectora dos
Animais de Macau (ANIMA) para utilizar o subsídio apenas em salários, avançou
Kiko Ieong Im Fai, directora financeira da associação, em declarações ao Jornal
Tribuna de Macau. “Já nos disseram que podemos usar uma parte para o ‘staff’ e
outra para as despesas com os animais. Mudaram a forma como podemos usar os
cinco milhões”, afirmou, frisando que são “boas notícias”.
Antes,
o presidente honorário vitalício da associação, Albano Martins, tinha dito a
este jornal que o pedido da Fundação Macau não era razoável. “Isso torna o
orçamento da ANIMA muito pouco flexível”, afirmou então. “Essa decisão da
Fundação Macau é rígida e não nos permite adaptar às circunstâncias. Ninguém
contrai um orçamento e mantém uma rubrica estática”, criticou na altura.
Caso
o dinheiro não fosse utilizado em salários até ao final do ano, o montante
remanescente teria de ser devolvido.
Assim,
Albano Martins escreveu ao presidente do Conselho de Administração da Fundação
Macau, Wu Zhiliang, a pedir que fosse “mais flexível”, por forma a que o valor
pudesse ser utilizado em duas rubricas: pessoal e animais.
No
primeiro trimestre do ano, a ANIMA já recebeu da Fundação Macau 2,5 milhões de
patacas. Segundo Kiko Ieong Im Fai, 40% do total – 5 milhões – será concedido
após Junho e, mais tarde, os restantes 10%.
Sobre
as contas da associação, a mesma responsável adiantou que este mês “o dinheiro
vai acabar”. “Já pagámos o mês passado [Abril] aos funcionários, mas vamos
ficar sem dinheiro este mês, por isso não será suficiente para pagar o mês de
Abril aos fornecedores e o mês de Maio ao ‘staff’. Não chega para tudo”,
lamentou.
Assim,
a ANIMA tenciona voltar a realizar angariações de fundos, à semelhança do que
já tem vindo a fazer ao longo dos primeiros meses deste ano, quando os apoios
da Fundação Macau ainda não tinham chegado.
A
Fundação Macau costuma apoiar a associação num montante que ronda os cinco
milhões de patacas para um orçamento total de cerca de 10 milhões da
associação. Catarina Pereira – Macau in “Jornal
Tribuna de Macau”
Sem comentários:
Enviar um comentário