Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 13 de maio de 2021

Macau - Fundação Macau acedeu ao pedido da Sociedade Protectora dos Animais de Macau

A directora financeira da ANIMA adiantou ao Jornal Tribuna de Macau que a Fundação Macau decidiu ser mais flexível no que respeita à utilização do subsídio atribuído. Se inicialmente exigia que o dinheiro fosse aplicado apenas aos salários do pessoal, o organismo liderado por Wu Zhiliang disse agora à associação que pode também ser canalizado para as despesas com os animais. Kiko Ieong Im Fai referiu ainda que a ANIMA voltará às angariações de fundos, uma vez que este mês fica sem verbas para fazer face às despesas


A Fundação Macau voltou atrás quanto à exigência feita à Sociedade Protectora dos Animais de Macau (ANIMA) para utilizar o subsídio apenas em salários, avançou Kiko Ieong Im Fai, directora financeira da associação, em declarações ao Jornal Tribuna de Macau. “Já nos disseram que podemos usar uma parte para o ‘staff’ e outra para as despesas com os animais. Mudaram a forma como podemos usar os cinco milhões”, afirmou, frisando que são “boas notícias”.

Antes, o presidente honorário vitalício da associação, Albano Martins, tinha dito a este jornal que o pedido da Fundação Macau não era razoável. “Isso torna o orçamento da ANIMA muito pouco flexível”, afirmou então. “Essa decisão da Fundação Macau é rígida e não nos permite adaptar às circunstâncias. Ninguém contrai um orçamento e mantém uma rubrica estática”, criticou na altura.

Caso o dinheiro não fosse utilizado em salários até ao final do ano, o montante remanescente teria de ser devolvido.

Assim, Albano Martins escreveu ao presidente do Conselho de Administração da Fundação Macau, Wu Zhiliang, a pedir que fosse “mais flexível”, por forma a que o valor pudesse ser utilizado em duas rubricas: pessoal e animais.

No primeiro trimestre do ano, a ANIMA já recebeu da Fundação Macau 2,5 milhões de patacas. Segundo Kiko Ieong Im Fai, 40% do total – 5 milhões – será concedido após Junho e, mais tarde, os restantes 10%.

Sobre as contas da associação, a mesma responsável adiantou que este mês “o dinheiro vai acabar”. “Já pagámos o mês passado [Abril] aos funcionários, mas vamos ficar sem dinheiro este mês, por isso não será suficiente para pagar o mês de Abril aos fornecedores e o mês de Maio ao ‘staff’. Não chega para tudo”, lamentou.

Assim, a ANIMA tenciona voltar a realizar angariações de fundos, à semelhança do que já tem vindo a fazer ao longo dos primeiros meses deste ano, quando os apoios da Fundação Macau ainda não tinham chegado.

A Fundação Macau costuma apoiar a associação num montante que ronda os cinco milhões de patacas para um orçamento total de cerca de 10 milhões da associação. Catarina Pereira – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”


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