Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Cabo Verde – IV Conferência Internacional sobre a Língua Portuguesa no Sistema Mundial


Cidade da Praia – O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, afirmou hoje que há todas as razões para a CPLP e os Estados-membros estarem optimistas quanto à evolução da língua portuguesa e sua afirmação no contexto mundial.

Jorge Carlos Fonseca, que é também presidente em exercício da CPLP, falava na abertura da IV conferência Internacional sobre a Língua Portuguesa no Sistema Mundial, a decorrer em formato virtual e organizada pelo Governo de Cabo Verde no âmbito da presidência cabo-verdiana da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

“Estudos indicam que nos próximos 40 anos ela ganhará mais de 100 milhões de novos falantes, o que só nos pode deixar satisfeitos e é demonstrativo da sua pujança e vitalidade. Com esta perspectiva bem positiva, só podemos augurar um futuro rico para os legatários e usuários da língua portuguesa e as potencialidades de realização que se abrem para ela”, realçou.

Apesar da sua origem europeia, o chefe de Estado cabo-verdiano salientou que a língua portuguesa língua tornou-se transatlântica, uma língua essencialmente do sul, assim como já o era na Europa.

“É falada por mais de 250 milhões de pessoas. Uma das mais usadas no ocidente e a quinta na internet, de acordo com os estudos, o que lhe abre novas perspectivas de futuro. Trata-se de uma língua em expansão, que ganha cada vez mais espaço na América do Sul e em África, o que lhe dá igualmente maior importância estratégica, a nível global”, indicou.

Jorge Carlos Fonseca acrescentou que o seu acolhimento e adopção como língua de trabalho, em várias organizações internacionais, confere-lhe maior importância e vitalidade, assim como a sua procura por parte de diversas instituições superiores, com destaque para a China.

Entretanto, afirmou que o seu potencial “é ilimitado” e os desafios são “assinaláveis e devem ser encarados de forma sistemática”.

No que respeita ao desenvolvimento tecnológico comum, sublinhou que é incontornável a sua adaptação às possibilidades de transmissão do conhecimento, através da investigação, ciência e inovação, explorando também todo o seu potencial criativo.

A quarta conferência internacional sobre a Língua Portuguesa no Sistema Mundial tem a duração de três dias e em debate estão cinco eixos.

Eixo das políticas públicas para a promoção da leitura, da diversidade na escrita literária em língua portuguesa, do ensino da língua portuguesa em contexto de mobilidade, da ciência, investigação e inovação da língua portuguesa e o da tecnologia e economias criativas: cenários emergentes em língua portuguesa.

Particularmente no eixo das políticas para a promoção da leitura, Jorge Carlos Fonseca disse que seria desejável a identificação clara das situações ou regiões que poderão necessitar de maior atenção nos domínios da promoção da leitura, da pesquisa e da formação.

“Acredito que parte significativa das soluções passará pela criação de condições que permitam ao Instituto de Língua Portuguesa assumir as suas funções na plenitude, bem como pelo envolvimento das Universidades e Centros de Estudo”, realçou.

A abertura do encontro contou ainda com os discursos do ministro dos Negócio Estrangeiros de Cabo Verde, Rui Figueiredo Soares, do secretário executivo da CPLP, Francisco Ribeiro Telles e do director executivo do IILP, Incanha Inbumto. In “Inforpress” – Cabo Verde


 

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