Cidade
da Praia – O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, afirmou hoje que há
todas as razões para a CPLP e os Estados-membros estarem optimistas quanto à
evolução da língua portuguesa e sua afirmação no contexto mundial.
Jorge
Carlos Fonseca, que é também presidente em exercício da CPLP, falava na
abertura da IV conferência Internacional sobre a Língua Portuguesa no Sistema
Mundial, a decorrer em formato virtual e organizada pelo Governo de Cabo Verde
no âmbito da presidência cabo-verdiana da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP).
“Estudos
indicam que nos próximos 40 anos ela ganhará mais de 100 milhões de novos
falantes, o que só nos pode deixar satisfeitos e é demonstrativo da sua pujança
e vitalidade. Com esta perspectiva bem positiva, só podemos augurar um futuro
rico para os legatários e usuários da língua portuguesa e as potencialidades de
realização que se abrem para ela”, realçou.
Apesar
da sua origem europeia, o chefe de Estado cabo-verdiano salientou que a língua
portuguesa língua tornou-se transatlântica, uma língua essencialmente do sul,
assim como já o era na Europa.
“É
falada por mais de 250 milhões de pessoas. Uma das mais usadas no ocidente e a
quinta na internet, de acordo com os estudos, o que lhe abre novas perspectivas
de futuro. Trata-se de uma língua em expansão, que ganha cada vez mais espaço
na América do Sul e em África, o que lhe dá igualmente maior importância
estratégica, a nível global”, indicou.
Jorge
Carlos Fonseca acrescentou que o seu acolhimento e adopção como língua de
trabalho, em várias organizações internacionais, confere-lhe maior importância
e vitalidade, assim como a sua procura por parte de diversas instituições
superiores, com destaque para a China.
Entretanto,
afirmou que o seu potencial “é ilimitado” e os desafios são “assinaláveis e
devem ser encarados de forma sistemática”.
No
que respeita ao desenvolvimento tecnológico comum, sublinhou que é
incontornável a sua adaptação às possibilidades de transmissão do conhecimento,
através da investigação, ciência e inovação, explorando também todo o seu
potencial criativo.
A
quarta conferência internacional sobre a Língua Portuguesa no Sistema Mundial
tem a duração de três dias e em debate estão cinco eixos.
Eixo
das políticas públicas para a promoção da leitura, da diversidade na escrita
literária em língua portuguesa, do ensino da língua portuguesa em contexto de
mobilidade, da ciência, investigação e inovação da língua portuguesa e o da
tecnologia e economias criativas: cenários emergentes em língua portuguesa.
Particularmente
no eixo das políticas para a promoção da leitura, Jorge Carlos Fonseca disse
que seria desejável a identificação clara das situações ou regiões que poderão
necessitar de maior atenção nos domínios da promoção da leitura, da pesquisa e
da formação.
“Acredito
que parte significativa das soluções passará pela criação de condições que
permitam ao Instituto de Língua Portuguesa assumir as suas funções na
plenitude, bem como pelo envolvimento das Universidades e Centros de Estudo”,
realçou.
A
abertura do encontro contou ainda com os discursos do ministro dos Negócio
Estrangeiros de Cabo Verde, Rui Figueiredo Soares, do secretário executivo da
CPLP, Francisco Ribeiro Telles e do director executivo do IILP, Incanha
Inbumto. In “Inforpress” – Cabo Verde
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