A Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC) viu-se obrigada a realizar uma sessão de esclarecimentos devido ao facto de a Caixa Geral de Aposentações (CGA) ter enviado aos aposentados de Macau uma carta a avisar que ainda não tinha recebido as suas provas de vida e que a sua pensão estava em risco. Segundo explicou Francisco Manhão ao Ponto Final, a responsabilidade foi da DHL, que fez o pacote com as declarações de vida circular por países como Quénia, Bahrain ou Uganda antes de ser aberto pela CGA
Centenas
de aposentados associados da Associação dos Aposentados, Reformados e
Pensionistas de Macau (APOMAC) receberam cartas da Caixa Geral de Aposentações
(CGA), em Portugal, a dizer que ainda não tinham sido recebidas as suas provas
de vida e que a atribuição das pensões estava em risco. Segundo explicou
Francisco Manhão, presidente da direcção da associação, ao Ponto Final, a
situação foi provocada por um erro da empresa de transportes DHL e também da
CGA. Os pensionistas e reformados não vão ficar prejudicados, garantiu Manhão.
Também o Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong informou que os
aposentados residentes em Macau não terão de enviar nova prova de vida à CGA.
Segundo
explicou Francisco Manhão, a CGA enviou cartas aos associados da APOMAC a
avisar que se as provas de vida não chegassem a Lisboa até ao dia 1 de Junho,
as suas pensões ficariam suspensas. Numa outra carta, porém, a CGA indicou que
o prazo tinha sido prorrogado até ao dia 31 de Agosto. Ora, os aposentados de
Macau pediram explicações à APOMAC, que habitualmente trata das provas de vida
dos seus associados.
A
APOMAC enviou as provas de vida de cerca de 600 associados no dia 12 de Abril
através da empresa de transportes DHL. O pacote saiu de Macau, passou por Hong
Kong, foi para a Leipzig, na Alemanha, e depois para Barcelona, antes de chegar
a Lisboa. No entanto, não foi descarregado na capital portuguesa para seguir
viagem até às instalações da CGA e seguiu viagem para o Quénia, Bahrain e
Uganda, antes de voltar a Barcelona e depois Lisboa novamente, a 26 de Abril.
Nessa data, a CGA enviou a carta aos aposentados de Macau, “o que criou aqui um
grande pânico”, contou Manhão. A APOMAC apresentou uma reclamação junto da DHL.
Assim,
o pacote com as declarações de vida chegaram à CGA no dia 26 de Abril, mas,
ainda assim, não foi aberto. Isto porque, como os funcionários estão em regime
de teletrabalho, não havia ninguém nas instalações para dar entrada dos
processos. Francisco Manhão indicou até que houve a intervenção de um membro do
Governo de Portugal para acelerar o processo.
As
dezenas de pedidos de ajuda por parte dos associados fez com que a APOMAC
tivesse realizado na segunda-feira uma sessão de esclarecimento que teve a
participação de mais de uma centena de sócios. Francisco Manhão explicou que os
aposentados não vão ficar prejudicados, uma vez que o prazo para a entrega foi
prorrogado até 31 de Agosto.
Ontem,
também o Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong emitiu um comunicado
para esclarecer que, tendo-se verificado vários pedidos de informação de
pensionistas da CGA residentes em Macau relativamente à eventual necessidade de
efectuarem nova prova de vida, “não será necessário o envio de uma segunda
prova de vida pelos pensionistas que tenham já efectuado e enviado à CGA a sua
prova de vida relativa a este ano”. André Vinagre – Macau in “Ponto
Final”
andrevinagre.pontofinal@gmail.com
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