Angola conseguiu, finalmente, colocar um satélite no espaço. Na tarde desta quarta-feira, 12, às 16:00, como estava previsto, o Angosat-2, construído pela russa ISS Reshetnev, foi transportado pelo foguete "Proton-M", a partir do Cosmódromo de Baikanur, e já está em órbita
Este
satélite, que pesa duas toneladas, possui definição de "High-throughput",
ou elevada taxa de transferência de informação, um avanço considerável em
relação aos clássicos FSS, de menor capacidade, vai garantir a Angola um lugar
de destaque em África neste capítulo por pelo menos 15 anos, que é a sua longevidade
mínima garantida.
O
Angosat-2, construído pela russa ISS Reshetnev, depois de o Angosat-1,
construído pela RKK Energia, por 320 milhões de dólares, ter sido um fracasso
após falhas graves no lançamento, em 2018, não representa novos custos para o
Estado angolano devido às garantias existentes no primeiro projecto, acaba por ser
uma vantagem para Angola, visto que tem uma capacidade incorporada para
transmissão de dados,
imagem
e telecomunicações, muito superior, permitindo uma maior rentabilidade ao
alugar parte desta capacidade a vários países africanos, como está previsto, e
chegou a estar contratualizado para o Angosat-1.
O
Angosat-2, desenvolvido pela russa Reshetnev, vai fornecer 13 gigabites de
banda para cada uma das regiões "iluminadas" pelo alcance do seu
sinal, que abrange a maior parte do continente africano e parte substancial da
Europa, tendo como "casa" a plataforma Eurostar E3000, uma plataforma
de acolhimento de satélites comerciais civis e militares de telecomunicações
criada pela Airbus Defence and Space.
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