A
desflorestação na Amazónia brasileira atingiu 1455 quilómetros quadrados em
setembro, um novo máximo para esse mês do ano, de acordo com dados oficiais divulgados.
A
área desmatada na parte brasileira da maior floresta tropical do mundo aumentou
48% em relação a setembro de 2021, segundo o sistema de monitorização por
satélite do Instituto Nacional de Investigação Espacial (INPE).
A
desflorestação também ultrapassou ligeiramente o recorde durante um mês de
setembro (1454 km2) a partir de 2019, de acordo com o INPE, que estabeleceu o
sistema de monitorização em 2015.
De
janeiro até ao final de setembro “a desflorestação já é 4,5% superior à de todo
o ano de 2021”, disse a organização não-governamental (ONG) Observatório do
Clima, levantando a possibilidade de o recorde histórico de desflorestação,
registado em 2019, com 9178 quilómetros quadrados, poder ser alcançado ou mesmo
ultrapassado.
“Quem
se preocupa com o futuro da floresta, a vida dos povos indígenas e a
possibilidade de ter um planeta ainda habitável deve votar para expulsar
Bolsonaro da presidência a 30 de outubro”, disse Marcio Astrani,
secretário-executivo do Observatório do Clima, numa declaração.
Embora
o seu registo durante os seus dois mandatos (2003-2010) esteja longe de ser
satisfatório, Lula da Silva prometeu aumentar as metas de redução das emissões
de gases com efeito de estufa ao abrigo dos Acordos de Paris e relançar o Fundo
Amazonas, que recebe financiamento internacional para proteger a floresta e
combater a desflorestação.
Desde
que Jair Bolsonaro chegou ao poder em janeiro de 2019, o desmatamento médio
anual na Amazónia brasileira aumentou 75% em comparação com a década anterior.
In “Green Savers Sapo” - Portugal
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