Bissau
- O Bastonário de Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau (OJGB) disse que, a
única solução para combater o fenómeno “jornalismo político” é começar a
classificar a classe jornalística através de atribuição da carteira
profissional de jornalismo.
António
Nhaga falava numa entrevista à ANG sobre o fenómeno “jornalismo político” que
está a ganhar espaço dentro da classe jornalística guineense, no qual lamentou
e condenou adesão progressiva e cada vez mais dos profissionais aos partidos políticos,
num país onde as pessoas já têm ideia do é jornalismo.
Disse
que, como se não basta, o subsídio da cobertura jornalística nos trabalhos do
jornalismo constitui o maior problema do fenómenoʺ jornalismo partidário”.
Sublinhou
que neste momento nem a Ordem, nem o Sindicados dos Jornalistas e Técnicos da
Comunicação Social têm poder de resolver esta questão, a não ser por meio de
atribuição da carteira profissional e em caso da violação das condutas
deontológicas que lhe seja retirada a carteira.
“Como
ainda não há carteira profissional e a nossa profissão é aberta e onde qualquer
pessoa no nosso país é jornalista, neste momento a Ordem dos Jornalistas está
um pouco fragilizada no sentido em que por mais que falamos ninguém nos dá
ouvidos”, explicou
Pediu
ao Presidente da República para promulgar a lei de atribuição da carteira profissional
e consequentemente a sua publicação no Boletim oficial e entrar em vigor.
O
Bastonário acrescentou que, se o referido documento entrar em vigor vai
permitir classificar os jornalistas com emissão de carteiras profissionais,
adiantou que, esta é a solução imediata, fácil e consistente para resolução do
problema.
Para
aquele responsável, enquanto não existir a forma de como sancionar jornalistas,
não se pode travar essas práticas de ser assessor de imprensa ao mesmo tempo jornalista
e militante dos partidos políticos.
António
Nhaga salienta que, estas situações não dignifica a classe e que os jornalistas
guineenses estão a abrir portas para que a Federação Internacional dos
Jornalistas e as pessoas que estão fora do país a ouvir que um jornalista foi
espancado não vão acreditar, porque vão dizer que jornalistas na Guiné-Bissau
fazem política.
Realçou
que, os jornalistas têm de ser independentes e na sociedade democrática como
esta que querem na Guiné-Bissau, o jornalista deve ser uma pessoa do bem e fala
a verdade.
ʺUm
jornalista não pode dizer que é uma pessoa de bem e estar no partido político e
nem pode dizer que está a falar a verdade, porque quando entra num partido tem
que alinhar com estatuto do mesmo onde não vai pôr nada contra esse partido.”
Disse
Nhaga
disse que, não há explicação para um jornalista inscrever-se no partido
político, sabendo que esta profissão é nobre e não quer misturas, sustentando
que o jornalista é como professor na sociedade que deve ter uma conduta
exemplar.
Afirmou
por outro lado que, o maior perigo deste fenómeno é a desacreditação da classe
jornalística de uma vez por todas, onde ninguém mais vai acreditar no
jornalismo guineense.
Considerou
que, a solução viável e imediata para resolução este problema, para além da
emissão da carteira profissional era bom que a Direção dos Órgãos de Comunicação
Social tenha capacidade de poder identificar e se for necessário convocar uma
reunião para advertir todos os jornalistas de que quem for apanhado com cartão
de militância do partido vai ser expulso por justa causa, uma vez que partido e
jornalismo são incompatíveis. In “Agência de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau
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